Nem é condenado a 20 anos de prisão por tráfico e lavagem de dinheiro

A juíza em exercício na 40ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado condenou os traficantes Nem e Coelho a pena de 20 e 06 anos de prisão respectivamente por tráfico e outros crimes. A condenação foi proferida na data de ontem (01/04).

Caso – O Ministério Público denunciou os réus Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como o Nem da Rocinha, e Anderson Rosa Mendonça, vulgo Coelho, com base nos autos do inquérito policial da Polinter. O MP acusou no total 18 pessoas de atuarem em associação no crime de tráfico de entorpecentes, armamentos, explosivos e munições de uso proibido, além de lavagem de dinheiro.

Segundo os autos, Nem chefiava o tráfico de drogas na favela da Rocinha, sendo o responsável por preparar, adquirir e vender, além de possuir um depósito ilegal dentro da comunidade., contando com a ajuda de mais quatro acusados, dentre eles Vanderlan Barros de Oliveira, responsável por facilitar a atuação financeira do criminoso.

Vanderlan, conhecido como o “tesoureiro do tráfico”, mantinha em seu nome uma empresa de acessórios para veículos e uma loja de comércio de gelo, ambas com objetivo de quitar débitos do tráfico e despesas pessoais de Nem, recebendo ainda o dinheiro do tráfico para declará-lo como capital fruto de atividade empresarial.

O réu mantinha ainda, aproximadamente oito linhas telefônicas em seu nome para o uso de integrantes do grupo.

Decisão – A juíza prolatora da decisão, Alessandra de Araújo Bilac M. Pinto, condenou o acusado Nem a 20 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

A magistrada se baseou nas provas obtidas durante o inquérito policial, nos depoimentos de policiais, moradores e frequentadores da Rocinha, para a condenação. De acordo com a decisão não há dúvidas de que o réu era o responsável por toda a organização criminosa da região.

Salientou a magistrada: “nada acontecia na comunidade sem a autorização e ordem de Nem, devendo ser ressaltado que o ‘respeito’ que os demais integrantes do bando tinham por Antônio Francisco decorria do fato de ser ele o grande líder da associação criminosa”.

No que se refere ao crime de lavagem de dinheiro, a julgadora pontuou que mesmo não executando diretamente o serviço, Nem controlava a ação dos seus subordinados, ressaltando que “o denunciado Antônio Bonfim era a pessoa que, além de determinar como se daria a lavagem de dinheiro, auferido com o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes, se beneficiava diretamente do dinheiro supostamente ‘limpo’”.

Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, foi condenado a 06 anos de prisão por tráfico de drogas, sendo apontado como chefe do tráfico de entorpecentes do Complexo de São Carlos, no Morro do Estácio, Zona Norte do RJ.

No processo foi comprovado que Coelho agia em associação com os traficantes da Rocinha para trocar, comprar e vender drogas, e de acordo com a decisão da magistrada, “além de exercer a liderança do tráfico no São Carlos, abastecia suas bocas de fumo com a droga originária da Rocinha. Acabou tornando-se um dos principais compradores de substâncias entorpecentes e possuía grande prestígio com ‘Nem’, por ser um de seus homens de confiança”.

Matéria referente ao processo (0409328-66.2009.8.19.0001).

Fonte: Fato Notório

Deixe uma Resposta.

Time limit is exhausted. Please reload the CAPTCHA.

Horário de Atendimento

Segunda à Sexta
09:00 às 12:00
13:00 às 17:00
Tel: (21) 3903-7602 / (21) 99585-5608
E-mail: comercial@recortesrio.com.br

Parceiros

Formas de Pagamento

– Boleto Bancário
– Transferência Eletrônica
– Depósito
– Cartão de Crédito (ver condições)