Senado norte-americano rejeita lei mais restritiva de venda de armas

Nesta quarta-feira (17/4), o Senado norte-americano rejeitou lei elaborada por membros dos partidos Democrata e Republicano que buscava aumentar a verificação de antecedentes criminais na venda de armas. A medida precisava de 60 votos para ser aprovada, mas foi derrotada por 54 contra e 46 votos a favor. Entre os votos contrários estavam o de vários democratas que enfrentam campanhas eleitorais no próximo ano.

O voto negativo do Senado representa um entrave às intenções da Casa Branca no que diz respeito à aprovação de uma legislação mais restritiva de venda de armas, lançada por Barack Obama após o massacre de Newtown, em dezembro, quando 20 crianças foram mortas em uma escola.

“Eles não têm almas, não têm compaixão pelas experiências que as pessoas tiveram com violência armada, como quem viu um filho ou um ente querido morto por uma arma”, disse Patricia Maisch, sobrevivente de um ataque de 2010, comentando sobre a congressista Gabrielle Giffords. Maisch foi retirada da sala.

Nas bancadas, várias vítimas ou parentes de vítimas de violência por armas de fogo, incluindo pais e irmãos de crianças assassinadas em Newtown, assistiram às votações. O presidente e o vice-presidente Joe Biden envolveram-se pessoalmente na angariação de votos para a decisão de hoje.

O senador republicano John McCain, candidato derrotado nas primeiras eleições presidenciais vencidas por Obama, disse a um dos autores do texto, Joe Manchin, que ele havia feito a “coisa certa”. “Mais tarde ou mais cedo, o país vai enfrentar esse assunto”, acrescentou McCain.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou o lobby das armas de mentir deliberadamente sobre a lei que torna mais rígida a verificação de antecedentes para venda de armas para que ela fosse rejeitada no Senado. Obama, que fez uma declaração menos de uma hora depois de o Senado rejeitar a emenda, lamentou o que considerou ser um “dia vergonhoso para Washington”.

O presidente disse que era apenas a “primeira rodada” de um processo mais abrangente para limitar o acesso à compra de armas depois do massacre em Newtown, em dezembro, quando 20 crianças foram mortas a tiro em uma escola.

“Famílias que conhecem a dor inominável reuniram coragem para pedir aos seus líderes eleitos que não apenas honrassem a memória das suas crianças, mas que protegessem as vidas de todas as nossas crianças. Alguns minutos atrás, uma minoria no Senado dos Estados Unidos decidiu que não valia a pena”, disse Obama.

Visivelmente irritado pela decisão do Senado, o presidente recordou que a emenda bipartidária em discussão iria abranger os 40% das armas que, neste momento, são adquiridos sem verificação de antecedentes criminais em feiras ou pela internet.

Fonte: Última Instância

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