PF prende suspeitos de fraudar R$ 15 milhões do seguro-desemprego no Distrito Federal

Quatro ex-servidores do GDF foram presos. Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão de documentos e 11 conduções coercitivas

BRASÍLIA – A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira quatro ex-servidores do Distrito Federal que atuaram no Sistema Nacional de Emprego (Sine) em operação para desarticular uma quadrilha suspeita de desviar mais de R$ 15 milhões dos cofres públicos. Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão de documentos e 11 conduções coercitivas.

A PF informou que a investigação teve início em outubro do ano passado com base em informações fornecidas pelo Ministério do Trabalho. A fraude era realizada a partir da inserção de dados falsos no sistema do seguro-desemprego. O grupo liberou cerca de 4 mil benefícios. Os números referem-se apenas ao monitoramento realizado desde outubro. A PF vai apurar ainda se a quadrilha atuava antes e qual seria o montante total desviado.

De acordo com as investigações, os fraudadores usavam informações de bancos de dados do sistema e geravam encerramento de vínculo trabalhista falsos e consequente liberação de pagamentos de seguro desemprego. As fraudes foram realizadas em agências do trabalhador do Distrito Federal e foram utilizados dados de trabalhadores de mais de dez estados. Será investigada a eventual participação das pessoas que tiveram o benefício liberado.

— Aproveitando de eventuais fragilidade que identificavam no sistema e da participação de servidores do órgão simulavam a existência do direito para que a partir disso recebesse o benefício do seguro desemprego — afirmou o superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, Élzio Vicente.

Os ex-servidores ocupavam cargos comissionados e foram demitidos dentro do corte de gastos no início deste ano pelo novo governo do DF. Duas outras pessoas também foram presas durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão de documentos. Um deles estava com uma arma sem porte e outro com remédios não autorizados. Foram apreendidos R$ 127 mil, carros e documentos em posse dos alvos da investigação.

IDENTIFICAÇÃO BIOMÉTRICA CONTRA FRAUDES

A operação foi denominada como MAC 70. Os investigados responderão pela prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa. Ainda serão realizadas apurações a fim de garantir o ressarcimento do prejuízo suportado pela União. Serão investigadas ainda pessoas de fora do poder público que teriam participação na fraude.

O diretor de emprego e salario do Ministério do Trabalho, Mauro Borges, afirmou que foi a própria pasta quem descobriu a suspeita de fraude ao verificar que os servidores sempre realizavam atendimentos acima da média e os benefícios de seguro-desemprego eram geralmente com altos valores.

— Eles tinham acesso a cadastros de governo e começaram a gerar de forma fictícia dispensas que não existiam. Quando se fez cruzamento com outros bancos de dados do governo se verificou que era indevido — disse Borges.

Para evitar a repetição de fraudes, o ministério trabalha junto com a Caixa para que até o fim do ano seja obrigatória a identificação biométrica para realizar o saque. Pretende-se ainda aplicar o sistema de certificado digital para os servidores que atuam nessa área.

Fonte: O Globo

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