Percentual de famílias endividadas é o maior desde julho de 2013

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RIO – A parcela de brasileiros endividados cresceu em agosto, alcançando o maior patamar desde julho de 2013, na época, eles eram 65,2%. Ela foi de 63% em julho para 63,6% este mês, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). O número também foi maior do que no mesmo mês do ano passado, quando 63,1% da população tinha dívidas. Este foi o primeiro aumento neste indicador desde fevereiro de 2014.

Outro índice que aumentou foi o das pessoas com dívidas ou contas atrasadas, que avançou após três meses de quedas consecutivas. Em julho, ele era de 18,9%, em agosto, 19,2%. Porém, o quadro é melhor do em agosto do ano passado. Na época, 21,8% de brasileiros tinham dívidas em atraso.

Houve melhora também no percentual de pessoas que não têm condições de pagar suas dívidas. Em julho deste ano, elas eram 6,6% da população. Em agosto, eram 6,5% em agosto. Na comparação anual, o índice foi de 7% em 2013 para 6,5% em 2014.

A inadimplência no grupo dos que ganham mais de dez salários mínimos avançou tanto na comparação com 2013 (de 54,7% para 57,6%) quanto em relação ao mês anterior (de 57% em julho para 57,6% em agosto).

Por outro lado, a parcela de inadimplentes dentro do grupo que recebe até dez salários mínimos ficou estável em relação a 2013 (64,8%), mas cresceu em julho contra agosto (de 64,3% para 64,8%).

O cartão de crédito foi apontado por 75,8% das famílias como seu principal tipos de dívida. Em segundo lugar ficaram os carnês, para 17% dos entrevistados, e o financiamento de carro ficou com em terceiro, com 13,4%.

— Apesar da moderação na concessão de crédito e também na demanda, algumas modalidades ainda apresentam crescimento, fazendo com que as famílias se endividem. É o caso do financiamento imobiliário. Ao longo dos últimos anos tem subido a importância dele, principalmente para a faixa de renda superior a dez salários mínimos — explica Marianne Hanson, economista da CNC.

Segundo Marianne, o crédito imobiliário foi considerado o principal tipo de dívida para 15,7% das famílias com renda de mais de dez salários mínimos, e por 5,5% das famílias que ganham menos. No quadro geral, este é o principal tipo de endividamento de 7,3% das famílias, logo atrás do financiamento de automóveis.

O percentual de endividados pode ser um pouco agravado com a proximidade do fim do ano:

— Geralmente, o consumo é aquecido no segundo semestre, principalmente no final dele. E isso pode causar um aumento no endividamento — disse Marianne.

Já as medidas anunciadas pelo governo, na semana passada, para estimular o crescimento da oferta de crédito pode não surtir o efeito esperado:

— Mas os reflexos mas não devem ser muito grandes, porque os juros estão em patamar muito elevado, encarecendo o crédito. Por isso não vemos tendência de alta muito expressiva nos próximos meses.


Fonte: O Globo

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