Justiça nega habeas corpus a fazendeiro condenado pela morte de Dorothy Stang

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A Segunda Câmara Criminal do TJ-PA (Tribunal de Justiça do Pará) negou nesta segunda-feira (16/9), por unanimidade, o pedido de habeas corpus feito pela defesa do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido com Bida, condenado a 30 anos de prisão como um dos mandantes do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, ocorrido em 2005.

Bida já teve três julgamentos, em dois foi condenado e em um, absolvido. Ele vai a novo júri popular na próxima quinta-feira (19/9). Moura cumpre pena em regime semiaberto desde a anulação do terceiro julgamento, em maio deste ano, pela Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal).

No primeiro julgamento, em 2007, ele foi condenado a 30 anos, mas ele teve direito a novo júri em 2008, onde foi absolvido. O segundo julgamento, no entanto, foi anulado por fraude processual. No novo julgamento, que durou mais de 50 dias, Bida voltou a ser condenado, mas a defesa conseguiu a anulação alegando cerceamento de defesa. Os efeitos da primeira condenação perduram até que o novo julgamento confirme ou reforme a sentença.

Na ocasião, Bida rejeitou seus advogados e foi a júri com um defensor público, que admitiu posteriormente não ter tido acesso a todo o processo, o que foi usado pela defesa do fazendeiro para pedir a anulação do julgamento.

Para o promotor do caso Dorothy Stang, Edson Cardoso de Souza, o pedido de habeas corpus às vésperas do julgamento, sendo que Vitalmiro Bastos de Moura não está preso em regime fechado, foi uma manobra para tentar influenciar o júri.

“Eles [os advogados] tentaram [anteriormente] no STF fazer com que Bida fosse posto em liberdade para o julgamento, mas o ministro Gilmar Mendes negou o pedido liminarmente. Agora, os desembargadores, julgando o mérito do pedido, entenderam que ele deve continuar preso. Vejo isso como uma forma de sensibilizar os jurados”, disse Souza à Agência Brasil.

Dorothy Stang foi morta a tiros no município de Anapu, no sudoeste paraense, em 12 de fevereiro de 2005. Segundo o Ministério Público, a missionária americana foi assassinada porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram disputadas por fazendeiros e madeireiros da região.

Fonte: Última Instância

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