Supremo manda Polícia Federal investigar deputado Rodrigo Bethlem

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BRASÍLIA — O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF),autorizou, nesta quinta-feira, a abertura de inquérito para investigar o deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) pelos crimes de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A abertura da investigação foi pedida pela Procuradoria-Geral da República, no último dia 30. O inquérito já foi enviado à Polícia Federal, que ficará encarregada das investigações.

O inquérito foi instaurado após a ex-mulher de Bethlem, a ex-deputada federal Vanessa Felippe, ter entregue à revista “Época” gravações em vídeo em que o deputado admitiria ter recebido uma espécie de mesada da ONG Casa Espírita Tesloo. Na época, Bethlem era secretário municipal de Assistência Social, que contratava a entidade para gerir projetos sociais da pasta.

Em seu despacho, o ministro Gilmar Mendes autorizou que sejam atendidos os pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que a PF levante, por exemplo, as entradas e saídas de Bethlem do país. O procurador pediu ainda que Vanessa preste depoimento e que o STF autorize a quebra dos sigilos bancário da Tesloo e fiscal de Bethlem. Nas conversas gravadas pela ex-mulher, Bethlem faz referência a uma suposta conta no exterior.

“A conversa revelaria, ainda, que o investigado (…) teria aberto conta bancária na Suíça para depositar os recursos”, escreveu Gilmar, citando trecho da petição de Janot.

FORO ESPECIAL

Em seu pedido de abertura de inquérito, Janot afirma que os registros em vídeo indicam que Bethlem recebeu “vantagem de ONG contratada pelo município do Rio para implementar programa denominado CadÚnico”, referindo-se ao projeto de identificação, cadastramento, revalidação e recuperação de cadastros de famílias do Cadastro Único para Programas Sociais.

“Ainda segundo as intervenções registradas do próprio congressista, a vantagem era paga como contrapartida da contratação, e sua renda mensal média girava em torno de cem mil reais”, observou Janot no pedido que encaminhou ao STF.

O procurador-geral da República considerou legítimas as as gravações feitas por Vanessa, uma vez que foram produzidas por um dos interlocutores das conversas, o que não configuraria ilegalidade. Os vídeos divulgados pela revista já constam do inquérito.

A prerrogativa de foro de Bethlem no Supremo será mantida enquanto ele for deputado federal. Após o fim do atual mandato do peemedebista — ele já anunciou ter desistido da reeleição em razão das denúncias —, o inquérito deverá continuar na Justiça Federal, uma vez que o programa investigado, em que possivelmente ocorreu fraude, recebe verba federal.

Fonte: O Globo

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