Segundo as Nações Unidas, problema é ‘alarmante’.
Rússia reagiu e criticou ‘a falta total de objetividade’ do relatório.
A situação dos direitos humanos sofreu uma “deterioração alarmante” no leste da Ucrânia, cenário de uma insurreição armada pró-Moscou, e na Crimeia, território anexado pela Rússia, onde os tártaros sofrem “perseguição”, denuncia um relatório da ONU.
A Rússia reagiu imediatamente e criticou ‘a falta total de objetividade’ do relatório.
O documento cita “numerosos exemplos específicos de assassinatos, torturas, agressões, sequestros, atos intimidatórios seletivos e alguns casos de assédio sexual, em sua maioria cometidos por grupos antigovernamentais bem organizados e armados no leste do país”.
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direito Humanos, Navi Pillay, pede às pessoas com influência sobre os grupos armados no leste da Ucrânia que “façam o o possível para conter estes homens que parecem determinados a desmembrar o país”.
O relatório, que cobre o período de 2 de abril a 6 de maio, denuncia ainda as “perseguições” aos tártaros da Crimeia, uma minoria muçulmana da península ucraniana incorporada em março pela Rússia.
“Mais de 7.200 pessoas naturais da Crimeia – em sua maioria tártaros – se converteram em deslocados internos em outras partes da Ucrânia”, destaca o relatório.
Mas para o governo russo, o relatório da ONU é tendencioso.
“Sua falta total de objetividade, suas contradições óbvias e o uso de dois pesos e duas medidas não deixam dúvidas que os autores cumpriram um pedido político para inocentar as autoridades autoproclamadas de Kiev”, afirmou o porta-voz da diplomacia russa, Alexander Lukachevich.
Fonte: G1