MP/PR oferece denúncia contra médica Virgínia Helena e outras 7 pessoas

A Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba (PR) ofereceu denúncia à Justiça em face da médica Virgínia Helena Soares de Souza, acusada de mortes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, e de outros sete profissionais de Saúde do hospital. Os crimes teriam ocorrido entre janeiro de 2006 e fevereiro de 2013.

Acusados – Informações do MP/PR explanam que Virgínia Helena foi denunciada pela suposta prática de sete homicídios duplamente qualificados (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) e formação de quadrilha; o médico Anderson de Freitas foi denunciado por duplo homicídio qualificado e formação de quadrilha.

Os médicos Edison Anselmo da Silva Junior e Maria Israela Cortez Boccato foram denunciados por um homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. As enfermeiras Laís da Rosa Groff e Patrícia Cristina de Goveia Ribeiro também foram denunciadas pelo mesmo crime. Por fim, a fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes foram denunciados por formação de quadrilha.

Crimes – O órgão ministerial sustenta que os profissionais da medicina, sob a liderança da médica Virgínia Helena, associaram-se em quadrilha: “para o fim de cometer homicídios de pacientes internados naquela unidade, mediante uso insidioso e sorrateiro de instrumentos, medicamentos e equipamentos daquela casa hospitalar, na qual trabalhavam no exercício regular de suas profissões de saúde”.

Os médicos são acusados de prescreverem, durante seus respectivos plantões, bloqueadores neuromusculares conjugados com fármacos anestésicos, sedativos e analgésicos em pacientes que, dependentes de ventilação mecânica, tinham rebaixados os parâmetros respiratórios. A medicação, desta forma, foi responsável a levá-los a óbito por asfixia.

A denúncia concluiu que quando não era a própria Virgínia Helena quem prescrevia a medicação que acarretava a morte dos pacientes, a ‘responsabilidade’ ficava a cargo de seus colegas Edison, Maria Israela e Anderson – os médicos utilizavam o sistema eletrônico de prontuário para que as prescrições fossem atribuídas a médica “chefe da UTI”.

Os demais integrantes da equipe – enfermeiros e fisioterapeuta – tinham a responsabilidade de forjar os registros clínicos para afastar quaisquer suspeitas de irregularidade com os pacientes. Suas condutas “mascaravam” os crimes cometidos pela equipe, especialmente com outros profissionais de medicina do Hospital Evangélico que não participavam da quadrilha.

O Ministério Público do Paraná sustenta que os denunciados violaram os deveres inerentes às suas profissões – médicos, enfermeiros e fisioterapeutas –, realçando que as mortes ocorridas na UTI se deram após a prescrição indevida do medicamento “pancurônio” nos pacientes.

A Justiça Criminal de Curitiba se manifestará se recebe, ou não, a denúncia formulada pelo Ministério Público do Paraná.

Fonte: Fato Notório

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