Maioria dos países perde posições em ranking de liberdade de imprensa

RIO — A organização Repórteres Sem Fronteiras divulgou nesta quinta-feira seu ranking de países elaborado de acordo com a pluralidade e a liberdade de imprensa ao redor do mundo. De acordo com a entidade, dois terços dos 180 países pesquisados tiveram performance pior do que na edição anterior do ranking. Rússia, Estados Unidos, Japão e Venezuela estão entre as nações que tiveram queda. Apesar de um registrar um avanço de 12 posições, o Brasil ainda aparece na 99ª colocação.

De acordo com relatório, o índice global anual, que mede o nível de violações à liberdade de informação nos 180 países do levantamento, aumentou para 3,719 em 2014 — um aumento de quase 10% em relação a 2013. Todos os índices regionais também registraram crescimento, indicando que a diminuição da liberdade de imprensa no ano passado foi incontestável.

O grupo sediado em Paris, na França, informa que os diversos conflitos ocorridos ao longo de 2014, o surgimento de estados paralelos, o crime organizado e a crise econômica prejudicaram a liberdade da comunicação em diferentes partes do mundo.

Os países da Escandinávia continuam liderando a lista, com a Finlândia em primeiro lugar pelo quinto ano consecutivo, seguida por Noruega e Dinamarca. Nações da Europa Ocidental continuam em geral bem posicionadas, mas o bloco perdeu posições no ranking de regiões, em grande parte por causa da Itália, que caiu 24 degraus, para 73º lugar, devido às ameaças e processos legais da máfia contra jornalistas locais. Já a Rússia recuou duas colocações e ficou em 152º lugar, devido a “leis draconianas” que esmagam a liberdade de imprensa.

Os EUA mantiveram uma tendência de queda, perdendo três posições e agora ocupando a 49ª colocação. O relatório dos Repórteres Sem Fronteiras cita a pressão do governo Obama sobre o jornalista James Risen, do “New York Times”, para revelar as fontes de seu livro “State of war”, que relata uma fracassada operação da CIA. O documento critica também a posição intimidadora dos EUA em relação às informações confidenciais divulgadas pelo Wikileaks. Esses vazamentos expuseram a violência do governo americano durante a ocupação do Iraque e o uso da internet para espionar outros países.

O Brasil subiu 12 degraus, segundo a organização, graças a um ano menos violento para jornalistas no país. Foram duas mortes registradas em 2014 contra cinco em 2013, informa o relatório.

“Em 2014, o status anterior do Brasil como o país mais mortal do hemisfério ocidental para jornalistas (por assassinatos diretamente ligados ao trabalho da mídia) foi assumido pelo México. No ano passado, o Brasil se tornou um pioneiro na proteção dos direitos civis on-line ao adotar ‘o Marco Civil da Internet’ (…)”, afirmou o documento da ONG.

Ainda na América do Sul, a Venezuela foi o país que registrou a maior supressão da independência em seus órgãos de imprensa, caindo 20 posições, para a 137ª. Muito desse recuo se deve à truculência da Guarda Bolivariana, que chegou a abrir fogo contra jornalistas durante uma manifestação em Caracas.

Fonte: O Globo

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