Lei do estágio completa 5 anos, mas rotatividade continua alta

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Nesta semana, a Lei do Estágio completou cinco anos. Promulgada em 26 de setembro de 2008, a lei nº 11.788 trouxe diversas mudanças que tiveram o objetivo de valorizar o trabalho dos estudantes. No entanto, mesmo com a regulamentação, a rotatividade envolvendo estagiários continua alta.

Além da bolsa-auxílio, vale-transporte, férias remuneradas e carga máxima de seis horas para não comprometer os estudos, vale lembrar também que a legislação definiu um número máximo de estagiários que a empresa pode contratar: as pessoas jurídicas que possuem de um a cinco empregados, só podem ter um estagiário; de seis a 10 empregados, dois estagiários; de 11 a 25 empregados, até cinco estagiários; e acima de 25 empregados, até 20% dos estagiários. São regras que trazer mais estabilidade e menos precarização para o setor.

Outro benefício da lei foi a regulamentação do estágio de acordo com a grade curricular do estudante, para que ele possa colocar em prática o que aprende na universidade. Ou seja, o estagiário trabalha naquilo que tem a ver com a sua carreira profissional.

O tempo máximo que o estagiário pode ficar na empresa, de acordo com a lei, é de dois anos. Muitos, porém, acabam saindo antes por escolha própria. Para Luiz Fernando Ract Camps, diretor de Compliance na Amil/United Health Group, isso não necessariamente é ruim. “Tem o lado do estagiário. Muitas vezes ele prefere ter várias experiências em diferentes setores, em diferentes companhias para criar um conceito de multidisciplinaridade ou um conceito multicultural e enriquecer o currículo dele”, afirma.

Camps acredita que esta rotatividade vai diminuindo conforme o estagiário vai chegando ao quarto ou quinto ano. “As companhias têm programas de estágio muitas vezes vinculados a quarto e quinto anistas porque é um período no qual a pessoa já rodou um pouquinho, já tem um pouquinho mais de experiência, está “buscando um horizonte” próximo às chances que ela tem de ser contratada”, coloca.

As novas gerações também deixam muito claro seu interesse em se desenvolver rapidamente dentro da empresa. Desta forma, também ajuda a reter estes profissionais oferecer reais oportunidades de crescimento, treinamentos, plano de carreira. São formas de mostrar aos estagiários as chances efetivas dentro da companhia ou do escritório. Ainda assim, a rotatividade deve fazer parte do setor. Camps afirma que dentro das companhias, dentro das melhores práticas de gestão, até nos mais altos níveis executivos das companhias, seja em direção seja na presidência hoje muitas vezes é aplicado o conceito de rotatividade.

“Existe uma ideia de que de tempos em tempos o executivo tem que se movimentar para que ele saia da sua zona de conforto, adquira outra experiência ou outra expertise, traga uma visão diferenciada, absolutamente diversa da experitise dele, numa área nova. Então, mudar não é ruim. Pode haver uma ideia que o conceito de mudança traz uma certa instabilidade, por outro lado gera um controle ou um multiculturalismo, uma multidisciplinaridade que pode ser um fator de vantagem”, afirma o especialista.

Fonte: Última Instância

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