O juízo da 35ª Vara Criminal do Rio de Janeiro promoveu, nesta segunda (28/04), o interrogatório do último réu acusado de participação nos crimes de tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha no caso que vitimou o pedreiro Amarildo de Souza, em julho de 2013.
Réu – Informações do TJ/RJ explanam que o ato judicial da última audiência de instrução colheu o interrogatório do réu e policial militar Dejan Marcos de Andrade Ricardo.
O PM negou participação no crime, destacando que recebeu ordens superiores para entrar num contêiner da UPP na Favela da Rocinha e não sair do local. O réu afirmou ter ouvido barulhos e vozes, entretanto, não reconheceu seus autores.
Andrade Ricardo afirmou que chovia no dia dos fatos e que duas policiais femininas, arroladas como testemunhas da acusação, ficaram nervosas com o que ouviam – o policial insistiu que cumpriu as ordens superiores e não saiu do interior do contêiner. O réu afirmou que ao sair da base da UPP não viu nenhum dos acusados pelo desaparecimento de Amarildo de Souza.
O policial narrou que foi informado, no dia seguinte ao desaparecimento do pedreiro, sobre problemas com as câmeras de vigilância – não sabendo, todavia, detalhar sobre a origem dos danos e o seu conserto.
Instrução – Após as oitivas das testemunhas arroladas, tanto pela acusação como pela defesa, e dos interrogatórios dos réus, a Justiça aguarda pela juntada do laudo pericial de voz da UPP e de outras diligências requeridas e deferidas nos autos.
Concluída a instrução, os autos estarão aptos à prolação da sentença.
Fonte: Fato Notório