Júri de acusados da morte de deputada alagoana é transferido para janeiro

Ex-deputada federal Ceci Cunha (PSDB-AL)

Ex-deputada federal Ceci Cunha (PSDB-AL) Foto: Divulgação: Queremos Justiça - Ceci Cunha

O júri popular dos réus acusados da execução da deputada federal Ceci Cunha (PSDB-AL) e de três familiares, ocorrida em 1998, foi transferido do dia 28 de novembro para o próximo dia 16 de janeiro. O juiz da 1ª Vara Federal de Alagoas acolheu as razões apresentadas por um dos advogados de defesa e deferiu a modificação da data.

Alteração – De acordo com informações da Agência de Notícias do CNJ, o advogado de um dos réus acusados pela chacina informou ao magistrado que já teria assumido compromissos prévios nesta quarta (23/11), data na qual seria realizada audiência preparatória do júri, bem como assumido previamente compromissos no exterior na data do julgamento.

O juiz federal André Luís Maia Tobias Granja, após analisar o pedido e a documentação que o instruiu, entendeu não haver má-fé ou intenção protelatória no requerimento e deferiu sua solicitação. Tobias Granja consignou que não foi apresentado qualquer outro impedimento nos meses seguintes à data designada (dezembro e janeiro) por qualquer dos advogados constituídos pelos acusados.

A decisão do magistrado alagoano acolheu a redesignação do julgamento, “em caráter impostergável”, para as 9 horas do dia 16 de janeiro de 2012. A audiência que definirá os nomes dos jurados sorteados está marcada para o dia 5 de dezembro, às 14 horas, e a audiência preparatória do júri em 11 de janeiro de 2012, às 17 horas.

Histórico – Ceci Cunha (Josefa Santos Cunha), Juvenal Cunha da Silva (marido de Ceci), Iran Carlos Maranhão Pureza (cunhado) e Ítala Neyde Maranhão Pureza (mãe de Iran) foram assassinados na noite de 16 de dezembro de 1998, logo após Ceci Cunha ser diplomada deputada federal. O crime ficou conhecido nacionalmente como “Chacina da Gruta”, em razão do bairro onde aconteceu (Gruta de Lourdes, Maceió).

São acusados da chacina o ex-deputado e suplente de Ceci Cunha, Pedro Talvane Luis Gama de Albuquerque Neto, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva. Além dos quatro homicídios, os réus são acusados de formação de quadrilha.

Autor da denúncia, o MPF/AL sustenta que o então deputado Talvane Albuquerque é autor intelectual do crime. As motivações do crime, conforme a denúncia, foram o cargo de deputado federal e a imunidade parlamentar advinda do exercício do mandato. Os assessores e seguranças de Albuquerque, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva foram apontados como executores da chacina. Alguns meses após ser diplomado deputado federal na vaga de Ceci Cunha, Talvane Albuquerque foi cassado pelo plenário da Câmara dos Deputados, em 1999.

Justiça Plena – A “Chacina da Gruta” integra o programa “Justiça Plena” (CNJ). Em sua experiência pioneira, 10 processos foram indicados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para integrarem o programa. Foram priorizados casos de grande repercussão social que, devido à demora no julgamento, levaram o Brasil a ser citado na Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Fonte: Fato Notório

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