Janot diz que não será o “acervador-geral da República”

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Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ele não será “acervador-geral da República”, pelo contrário, ele pretende zerar o estoque de processos. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (11/10), Janot afirmou que vai criar regras de tramitação dos processos que chegam ao gabinete dele. De acordo com o procurador-geral, até dezembro, uma portaria da PGR (Procuradoria-Geral da República) vai fixar prazos de tramitação e regras para distribuição dos processos. A medida busca evitar que investigações criminais e outros tipos de ações fiquem paradas.

O procurador disse que montou equipe de assessores para melhorar o controle da tramitação dos processos. De acordo com levantamento divulgado por ele, no gabinete há 2.039 processos. Conforme os dados, nos primeiros dias de gestão, foram despachados 370. Janot tomou posse no dia 17 de setembro, no lugar de Roberto Gurgel. “O MP [Ministério Público] vai se estruturar para que possa dar mais agilidade na tramitação dos feitos de responsabilidade do procurador-geral. Qual a estrutura que a gente imaginou: criar assessorias por colegas procuradores da República dentro de suas áreas de expertise [conhecimento] para dar agilidade com qualidade na tramitação dos feitos”, disse.

De acordo com Janot, as regras vão dar transparência à tramitação dos processos e evitarão questionamentos políticos. “Qualquer acervo gera leituras políticas que podem não ser corretas. Se eu tenho em área penal, por exemplo, questões que envolvem cidadãos brasileiros que têm prerrogativa de foro, [qual] a leitura que se faz quando eu solto um inquérito, uma denúncia, um arquivamento para um em uma velocidade e para outro, não. Nós temos problemas estruturais hoje que justificariam essa diferença de tempo. Por isso, a meta é não ter acervo.”

Durante a coletiva, Janot também informou que deve enviar sugestões ao Congresso e ao Ministério da Justiça para aprovação de uma lei que defina os parâmetros de investigação do Ministério Público. Para o procurador, deve haver segurança jurídica nas investigações. ” A gente não defende investigação exclusiva do Ministério Público, nós queremos participar das investigações. O Ministério Público é destinatário da coleta de provas que a polícia faz, que a Receita Federal faz, que o Banco Central faz. Nós somos o titular exclusivo da ação penal. Se compete ao membro do Ministério Publico ir ao Judiciário para iniciar uma ação penal, o membro do Ministério Público tem que ter o juízo de valor se aquela é prova boa ou insuficiente”, argumentou.

Fonte: Última Instância

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