No início do mês, Ipea divulgou pesquisa semelhante com dados trocados.
Estudo diz que 53% já sofreram assédio sexual, físico ou verbal.
Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo” neste domingo (13), 12% dos paulistanos concordam total ou parcialmente com os ataques a mulheres que usa roupas provocantes. O levantamento foi feito no dia 7 de abril com 798 moradores maiores de 16 anos. A margem de erro é de 4% para mais ou para menos.
Quando pergutados sobre a necessidade de os trens terem vagão exclusivo para mulheres nos horários de pico, 73% dos paulistanos revelaram ser favoráveis à medida. O vagão feminino já é adotado no Rio e no Distrito Federal.
Polêmica
O estudo do Datafolha apresenta um percentual menor do que foi apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 26%. O Ipea ouviu 3.810 pessoas entre maio e junho do ano passado em 212 cidades. Apesar da temática parecida, os dados não podem ser comparados, pois uma abrangeu a cidade de São Paulo e a outra o país.
A pesquisa do Ipea, órgão do governo federal, apresentou dados errados inicialmente. O instituto afirmara que 65,1% dos brasileiros concordavam inteiramente ou parcialmente com a frase “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. O percentual foi corrigido. O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, o cientista social Rafael Guerreiro Osório, pediu exoneração.
Após a divulgação do estudo do Ipea, a jornalista Nana Queiroz criou uma campanha contra o estupro. A presidente Dilma Rousseff manifestou, pelo Twitter, solidariedade à jornalista.
Fonte: G1