Foto: Divulgação: Hope Lingerie
As 1ª, 5ª e 8ª Câmaras do Conselho de Ética do Conar (Conselho de Auto-regulamentação Publicitária) deliberaram, por unanimidade e em primeira instância, pela recomendação de arquivamento da Representação 225/11, em face de comercial de TV da fabricante de lingerie “Hope”, estrelado pela modelo internacional Gisele Bündchen.
Caso – Informações do Conar apontam que a representação foi ajuizada a partir de denúncias formuladas junto ao Conselho por cerca de 40 consumidores e pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
O voto do relator da matéria foi acolhido pelos demais membros do Conselho de Ética, que apontou que os estereótipos presentes na campanha são comuns à sociedade e que são facilmente identificados, não desmerecendo a condição feminina.
Durante a sessão de julgamento do Conselho de Ética do Conar, que ocorreu nesta quinta (13/10), representantes da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Hope e da agência “Giovanni+DraftFCB” (criadora da campanha) expuseram suas razões. Segundo o Conar, cabe recurso desta decisão.
Hope – Em nota oficial, a marca de lingerie negou que sua campanha tenha sido “sexista” e, sim, uma forma bem humorada de retratar o cotidiano dos casais: “a propaganda teve o objetivo claro e bem definido de mostrar, de forma bem-humorada, que a sensualidade natural da mulher brasileira, reconhecida mundialmente, pode ser uma arma eficaz no momento de dar uma má notícia. E que utilizando uma lingerie HOPE seu poder de convencimento será ainda maior”, narrou.
Noutro ponto, a Hope taxou de “abusrda” suposta desvalorização a seu público alvo – o feminino: “as situações apresentadas na campanha são brincadeiras, piadas do dia-a-dia, e em hipótese alguma devem ser tomadas como depreciativas da figura feminina. Seria absurdo se nós, que vivemos da preferência das mulheres, tomássemos qualquer atitude que desvalorizasse nosso público consumidor”, concluiu a nota oficial.
Fonte: Fato Notório