Com detector de mentiras, 4º preso por morte de Bernardo é interrogado

BOLDRINI

Durante 22 min, Evandro Wirganovicz respondeu a perguntas da polícia,
Para advogado, depoimento ‘será importante para provar inocência’.

Último suspeito preso pelo assassinato de Bernardo Boldrini, 11 anos, Evandro Wirganovicz foi interrogado na noite desta quarta-feira (21) no Fórum de Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. Durante o depoimento, ele respondeu a uma série de questões formuladas previamente pela polícia, que usou um detector de mentiras para buscar mais informações sobre o caso.

Evandro já se tornou réu por ocultação de cadáver e estava preso desde o dia 10 de maio. O interrogatório durou 22 minutos. Segundo a polícia, o resultado da análise do detector de mentiras só deve ser divulgado em duas semanas. Por enquanto, não é possível apontar se o suspeito falou a verdade ou não.

“Não estava presente. O depoimento foi tomado pelo técnico que aplica o equipamento. Mas posso adiantar que ele respondeu a todos os questionamentos”, disse ao G1 a delegada Caroline Bamberg, responsável pelo inquérito. “O depoimento é importante porque acredito na inocência dele”, comentou o advogado Demetryus Grapiglia, defensor do suspeito.

Evandro é irmão da assistente social Edelvani Wirganovicz, denunciada pelo Ministério Público por homicídio qualificado juntamente com o pai da vítima, Leandro Boldrini, e a madrasta da criança da criança, Graciele Ugulini. Os três estão presos desde o dia 14 de abril, quando o corpo de Bernardo foi encontrado enterrado em um matagal em Frederico Westphalen dez dias após sua morte.

De acordo com testemunhas, o carro de Evandro foi visto dias antes do homicídio, a cerca de 50 metros do local onde foi feita a cova em que Bernardo foi enterrado. Há cerca de dez dias, a polícia foi até o presídio de Três Passos, onde Evandro está preso, para ouvi-lo, mas ele se manteve em silêncio. O advogado informou que seu cliente só falaria com o uso do detector de mentiras. O local onde vai acontecer o depoimento não foi confirmado pela Polícia Civil.

Indiciamentos
O pai, a madrasta e a assistente social foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, com os qualificadores “mediante paga ou promessa de recompensa, motivo fútil, meio insidioso, dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima”, conforme a polícia, e ocultação de cadáver.

Leandro Boldrini: atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ele também auxiliou na compra do remédio Midazolan em comprimidos, fornecendo a receita azul. Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune.

Graciele Ugulini: mentora e executadora do delito de homicídio, bem como da ocultação do cadáver.

Edelvânia Wirganovicz: executora do delito de homicídio e da ocultação do cadáver.

Entenda

Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

“O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada”, relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.

O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado. De acordo com a delegada responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.

Fonte: G1

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