Segundo informações publicadas pelo portal do jornal “O Globo”, a assessoria de imprensa do ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, declarou que o magistrado lamentou a prisão da jornalista de “O Estado de S. Paulo”, Cláudia Trevisan, pois ela estava “exercendo sua profissão”.Detida e algemada enquanto aguardava Barbosa sair de uma conferência na Universidade de Yale, em Washington, ela foi liberada apenas depois de ser autuada por transgressão criminosa. De acordo sua assessoria, o presidente do Supremo ficou sabendo do ocorrido apenas 2 dias depois do fato, na manhã de sábado.
Cláudia, correspondente de O Estado de S. Paulo em Washington, ficou incomunicável por quase cinco horas, primeiro dentro de uma viatura e depois em cela do Departamento de Polícia da universidade, segundo informações do jornal. Segundo ela, um policial teria dito, ao prendê-la: “Nós sabemos quem você é. Você é uma repórter, temos sua foto. Você foi avisada muitas vezes que não poderia vir aqui”.
Entretanto, de acordo com a jornalista, ela trocou e-mails com a assessora de imprensa da Escola de Direito da universidade, Janet Conroy, depois de ter sido escalada para cobrir a visita de Barbosa à Universidade de Yale, onde participaria do Seminário Constitucionalismo Global 2013.
“Eu não invadi nenhum lugar. Passei cinco anos na China, viajei pela Coreia do Norte e por Miamar e não me aconteceu nada remotamente parecido com o que passei na Universidade de Yale”, disse a repórter ao Estado de S. Paulo.
Segundo o jornal, na delegacia, Trevisan foi revistada e somente teve garantido seu direito a um telefonema depois de quase quatro horas de prisão, às 21h20. Ela deverá se apresentar no próximo dia 4 diante de um juiz de New Haven.
Fonte: Última Instância