Público terá acesso até às 14h.
Ex-governador será cremado em cerimônia só para a família.
Começa às 9h desta quarta-feira (11), o velório do ex-governador Marcello Alencar, do PSDB, no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Ele tinha 88 anos e morreu na madrugada de terça-feira (10), em casa, em São Conrado, na Zona Sul. O velório será aberto ao público até às 14h. O corpo do ex-governador do Rio que será cremado, segue às 16h para o Caju, na Zona Portuária. No crematório haverá uma cerimônia restrita à família.
A causa da morte ainda não foi divulgada. O ex-governador do Rio sofria de complicações causadas por um acidente vascular cerebral.
O advogado Marcello Alencar foi senador pelo antigo estado da Guanabara e teve o mandato cassado durante o regime militar, em 1969. Defendeu presos políticos durante a ditadura. Com a lei da anistia em 1979, recuperou os direitos políticos.
“O dia amanheceu triste no Rio. Marcello Alencar para mim era uma referência e foi um grande homem público para essa cidade, para esse estado, para esse país”, disse o deputado federal Otávio Leite (PSDB).
Marcello Alencar foi prefeito do Rio por dois mandatos, na década de 80, pelo PDT, e se elegeu governador em 1994 já pelo PSDB. E vai ser lembrado como o político que recuperou as finanças da cidade, com aumento de impostos e criação de taxas. Ele implantou o Rio Orla, projeto que remodelou os calçadões com a instalação de ciclovias.
Também implementou projetos ambientais, como da usina de lixo do Caju. Como governador, privatizou 14 empresas estaduais, entre elas o Banerj, e a companhia de eletricidade do estado, antiga Cerj. Ele foi responsável também pela expansão da Linha 2 do metrô até a Pavuna.
“Foi um grande homem, um batalhador desde a época da ditadura. Um democrata. Acho que o Brasil perde e o Rio de Janeiro perde mais ainda”, disse o governador Luiz Fernando Pezão.
O prefeito Eduardo Paes decretou luto oficial de três dias na cidade.
“A gente perdeu, acima de tudo, um grande carioca. É uma perda irreparável, mas deixa saudade, deixa uma história fantástica de vida de muito amor ao Brasil e de muito amor ao Rio”, disse o prefeito.
“O grande exemplo é a persistência na política, a crença na democracia representativa, o diálogo com a população, a responsabilidade na administração e um profundo afeto com as classes populares”, acrescentou o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB).
Marcello Alencar casou-se duas vezes e teve três filhos. Parentes e amigos vieram se despedir no apartamento onde ele morava, em São Conrado, na Zona Sul.
“Vocês conhecem o político eu conheço o avô. Ele sempre foi uma grande influência na minha vida, sempre me deu conselhos muito bons e eu vou lembrar dele assim”, disse o neto Antônio Miguel Alencar.
Fonte: G1