Uerj tem instalações depredadas após protesto contra demolições na Favela do Metrô

RIO – Um protesto contra a demolição pela prefeitura de quatro imóveis em situação irregular na Favela do Metrô foi parar dentro do campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeio (Uerj) na noite desta quinta-feira. Depois de um confronto entre os moradores e a Polícia Militar nos arredores da instituição, o hall de entrada acabou depredado. Isso porque alguns estudantes que participavam da manifestação tentaram se refugiar no Pavilhão João Lyra Filho, quando homens do Batalhão de Choque intervieram no ato. O grupo acabou barrado por seguranças, que lançaram jatos d’água. Em reação, os ativistas começaram a chutar a porta principal de vidro, que foi quebrada. O tumulto deixou quem estava do lado de dentro do prédio em pânico.

– Nos corredores, começaram a falar que o Batalhão de Choque ia invadir a Uerj. O professor chegou a recolher as provas com medo do que estava acontecendo – disse Luiza Morais, estudante de direito.

CONFRONTO NA RADIAL OESTE

Um vídeo divulgado pelo blog do Ancelmo Gois mostra os estudantes encurralados dentro da universidade. Policiais militares do 4°BPM (São Cristóvão) e do Batalhão de Choque cercaram o campus. Segundo a PM, cerca de 300 pessoas participavam do ato, que começou na Radial Oeste. Durante o protesto, alguns manifestantes lançaram pedras contra os policiais e guardas municipais que acompanhavam o ato. Houve tumulto, e os PMs chegaram a disparar balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

A Radial Oeste foi fechada três vezes, nos dois sentidos, entre a Avenida Professor Manoel de Abreu e a Rua São Francisco Xavier. O sentido Centro só foi liberado por volta de 22h20m. Uma hora depois, o sentido Méier também já estava desbloqueado. Mais cedo, lixo e pneus chegaram a ser incendiados na pista em direção ao Méier, impedindo a passagem dos veículos.

Pneus queimados na Avenida Radial Oeste durante manifestação de moradores da Favela do Metrô – Reprodução / CET-Rio

A manifestação, que começou por volta das 17h45m, deixou o trânsito lento na região, com reflexos até o Centro. Os moradores da Favela do Metrô pediam que uma igreja da comunidade não seja demolida na operação da Seop, que, pela manhã, derrubou três construções irregulares. Na quarta-feira, um ferro-velho que funcionava sem alvará já havia sido demolido. A secretaria, no entanto, nega a existência de uma igreja no local.

Há três anos, a prefeitura prometeu reorganizar o comércio na região, formado principalmente por oficinas, reassentando os comerciantes num polo automotivo. Mas a prefeitura não tirou o projeto do papel, a fim de cortar custos.

AS IMAGENS DA CONFUSÃO NA UERJ

Fonte: O Globo

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