O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL). A decisão, oriunda de solicitação da PGR (Procuradoria-Geral da República), compreende o período de 1º de janeiro de 2011 a 1º de abril de 2014 e diz respeito às investigações da Operação Lava Jato, que apura suposto envolvimento de politicos em esquemas de corrupção envolvendo a Petrobras.
A quebra de sigilo foi pedida no último dia 7 pelos investigadores e deferida na última quinta-feira (15/5) com o objetivo de checar eventuais depósitos mencionados pelos delatores da operação. O caso tramita em segredo de Justiça na Corte. Zavascki é relator da Lava Jato no tribunal.
Além de Collor, Zavascki autorizou quebra de sigilo bancário de empresas e outras pessoas, entre elas Pedro Paulo Leoni, um dos supostos operadores do esquema, e o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC), no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2012. Segundo o principal delator da operação, o doleiro Youssef, o ex-deputado compunha um grupo de parlamentares do PP que atuava na “operacionalização do esquema de corrupção”
O ministro também autorizou a quebra de sigilo bancário de empresas. O doleiro Alberto Youssef disse durante processo de delação premiada que fez “vários depósitos” a Collor, além de ter autorizado entregas de dinheiro em espécie ao senador.
Durante busca e apreensão no escritório de Youssef, investigadores encontraram depósitos bancários em nome do parlamentar, que somam R$ 50 mil, entre os dias 2 e 5 de maio de 2013.
Fonte: Última Instância