Pezão descarta racionamento e aumento da tarifa de água no estado do Rio

Mais cedo, secretário estadual do Ambiente disse que existe plano de racionamento, caso seja necessário

RIO – O governador Luiz Fernando Pezão disse, na manhã desta sexta-feira, que o estado do Rio não deve enfrentar racionamento de água. Segundo ele, o Rio pode suportar além do período da seca, mas reiterou que a população precisa contribuir. A declaração do governador foi dada na chegada à cerimônia de posse do procurador-geral da Justiça, Marfan Vieira, na sede do Ministério Público.

— Nunca o estado viveu um momento como este. A população precisa ajudar. Já começamos uma campanha de orientação para que as pessoas economizem água — alertou Pezão.

O governador disse acreditar que a população irá responder aos apelos, porque já fez isso em épocas de apagão. Ele acha que acontecerá o mesmo agora. Segundo ele, a tarifa de água não vai aumentar porque a Cedae já sinalizou que não há essa necessidade.

Sobre a interrupção do fornecimento de água paras indústrias, Pezão disse que é preciso ter cautela. Mas, em relação à população, o governador disse que é possível atravessar esse período mesmo que a chuva não venha na intensidade que esperamos.

Ainda sobre as indústrias, Pezão disse que os empresários foram orientados a fazer novas captações para que não fossem afetados no caso da estiagem continuar.

– Isso a gente vem alertando há muito tempo. Há cerca de um ano e meio ou dois que a gente fala. Eles estão sendo alertados para realizar algumas obras e a gente tem uma série de medidas a serem tomadas como água de reuso da estação Alegria para fortalecer esse abastecimento na Região Metropolitana”, disse o governador.

O governador disse que estão sendo realizadas duas, três reuniões por semana com o secretário de Meio Ambiente e o presidente da Cedae. Pezão disse que acredita que dê para atravessar com os volumes existentes nos reservatórios existentes no estado, tanto na represa de Ribeirão das Lages como no Rio Paraíba do Sul e seus afluentes.

Mais cedo, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, afirmou que esta é a pior crise hídrica na região Sudeste dos últimos 84 anos, quando a medição começou a ser feita. Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, o titular da pasta admitiu, apesar de não dar muitos detalhes, que a Cedae tem um plano de racionamento de água para o estado, caso seja necessário. Ainda de acordo com ele, empresas que atuam na ponta do Rio Paraíba do Sul podem ter o funcionamento interrompido por causa da falta de chuvas na região.

O nível do reservatório Paraibuna, o maior dos que abastecem o Rio de janeiro, atingiu o volume zero pela primeira vez, desde a época que começou a ser feito. Técnicos da secretaria dizem que o volume morto pode durar por, pelo menos, mais seis meses. Parte da crise, segundo o secretário, é de responsabilidade da má administração dos reservatórios do Paraíba do Sul. Ele explica que, através de manobras, já conseguiu economizar cerca de 400 milhões de litros.

A população no curto prazo pode contribuir economizando o bem natural em casa, fazendo um uso mais responsável da água. André Corrêa falou também sobre o taxação da água, caso haja racionamento. O secretário defende que sejam cobradas tarifas diferenciadas, com base no consumo de casas.

— Eu acho que temos que ter um modelo claro de tarifa. Pessoas que consomem dentro de um parâmetro técnico, que foi estabelecido a partir deste debate, elas têm um desconto. Agora a pessoa que gasta mais tem uma sobretaxa — argumenta ele.

Fonte: O Globo

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