Pezão admite que houve erro no policiamento da Lagoa onde médico foi esfaqueado

RIO – O governador Luiz Fernando Pezão admitiu, nesta quinta-feira, que houve erro no policiamento da Lagoa Rodrigo de Freitas, na noite da última terça-feira, quando um assalto com faca resultou na morte do médico Jaime Gold, de 57 anos. O governador voltou a dizer que esteve no local do crime, na semana passada, e ficou surpreso com a falta de patrulhamento da Polícia Militar.

— Não vou me omitir das minhas responsabilidades. Teve erro na Lagoa. Eu mesmo passei e vi. Passei às 22h na Lagoa e achei que haviam poucos policiais. Cobrei o Pinheiro Neto (comandante da Polícia Militar). E na mesma hora que eu cobrei, veio a resposta. Os PMs haviam prendido oito menores do Jacarezinho que estavam assaltando e os levaram para a delegacia. Foi feito o registro. Então, nós estamos trabalhando — afirmou Pezão, após participar de um fórum de desenvolvimento sobre o futuro do Complexo da Maré, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Sobre a polêmica em que se envolveu, na quarta-feira, com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, Pezão disse que não quis criticar a Justiça e que também não transfere as responsabilidades da segurança pública para outros. Na ocasião, o governador afirmou que não adiantava a polícia prender, se a Justiça ou um desembargador soltava. Carvalho reagiu e disse que não havia relação de causalidade entre a morte do ciclista e a ação da Justiça. Para o presidente da corte, o que faltou foi um policiamento ostensivo eficiente.

Pezão disse que sua intenção era apenas defender mudanças na legislação para punição de menores que cometem crimes e também para a caracterização de crime para o uso de arma branca, como facas.

— Eu não quero que a gente fique enxugando gelo. A maioria das apreensões que fazemos é de menores. É inaceitável. Lugar de menor é na escola — disse. — Só quero que seja feita uma discussão no Congresso Nacional. A polícia bateu recorde de apreensões de menores e não está sendo suficiente — acrescentou o governador, que pleiteia a redução da maioridade penal para crimes hediondos.

Ele ainda atribuiu a onda de assaltos no Rio, ao deslocamento da mancha criminal (áreas de maior incidência de violência) após a ocupação das comunidades da Maré e do Complexo do Alemão.

Fonte:  O Globo

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