Pelo menos 16 pessoas são assaltadas em arrastão dentro de composição da Linha 1 do metrô

RIO — Um arrastão deixou passageiros da Linha 1 do metrô em pânico na noite da quinta-feira. Quatro bandidos armados assaltaram pelo menos 16 pessoas por volta das 21h40m dentro de uma composição que seguida no trecho entre as estações Largo do Machado e Flamengo. Os passageiros ainda foram obrigados a permanecer dentro do vagão na estação Botafogo, onde os criminosos desceram. As vítimas foram levadas por funcionários do metrô para a 10ª DP (Botafogo), onde o caso foi registrado. Ninguém foi preso.

De acordo com o delegado adjunto da 10ª DP, Rodrigo Brand, as vítimas relataram em depoimento que os quatro criminosos entraram no metrô na Central do Brasil e seguiram em direção à Zona Sul. Eles anunciaram o assalto na altura do Largo do Machado e roubaram bolsas, celulares, carteiras e relógios dos passageiros. Ainda de acordo com o relato das vítimas, pelo menos dois bandidos estavam armados.

As imagens das câmeras de segurança da concessionária foram requisitadas pela polícia.

— As imagens já devem estar com a polícia ainda na manhã desta sexta-feira. Elas serão analisadas pelo setor de inteligência, que vai comparar com as informações prestadas pelas vítimas e o banco de dados da polícia para tentar identificar os criminosos — explicou o delegado, que não descarta a possibilidade de haver mais passageiros roubados durante incidente:

— Pelo menos 16 pessoas já prestaram depoimento na delegacia. Mas até o momento não temos como precisar se todas as vítimas fizeram o registro na delegacia.

Vítimas de assalto dentro do metrô compareceram à delegacia para registro da ocorrência – Thiago Lontra / Agência O Globo

Apesar de as imagens terem sido requisitadas, um funcionário da concessionária informou à Polícia Civil que a composição onde ocorreram os assaltos era do modelo antigo e não possui câmeras de segurança no interior dos vagões.

Entre as vítimas está o professor Antônio Figueiredo, de 49 anos, que estava acompanhado da filha no metrô. Ele seguia para a estação General Osório, em Ipanema, e teve celular, notebook, tablet e documentos roubados. Antônio relata que os assaltantes foram agressivos.

— Sou professor e minha vida toda está dentro daquele computador. Não foi arrastão, foi assalto mesmo. Estava todo mundo em silêncio e de cabeça baixa. Antes de desembarcarem eles disseram “se descer vai morrer, não desce ninguém”. Depois que eles sairam ainda ficaram olhando para dentro do metrô. Um senhor chegou a apertar o botão vermelho para a composição parar, aí todo mundo começou a gritar — relata ele, cujo localizador do celular apontava que seus pertences estariam na comunidade da Mangueira.

A filha de Antônio, uma estagiária de educação física que preferiu não se identificar, conta que foi a primeira vítima dos assaltantes e deu mais detalhes de como foi a ação dos criminosos:

— Na estacão Largo do Machado começou uma discussão entre dois rapazes, como se fosse uma brincadeira. Eles então começaram “a fazer a limpa” de trás para frente, na direção contrária que estava seguindo o metrô. A gente achou que era brincadeira. Eu encarei e um deles disse “passa tudo e não me encara não que eu estou armado e vou te dar um tiro”. Vimos a arma e ele pegou o meu relógio e a minha aliança. Depois os outros passageiros foram roubados — afirma.

Morador de Botafogo, um advogado de 37 anos aguardava um funcionário do metrô na delegacia. Dentre os seus pertences roubados estavam as chaves de sua casa. Com um representante da concessionária ele iria passar em um chaveiro para conseguir entrar na residência. O fato de pessoas armadas entrarem no metrô chamou a sua atenção.

— Qualquer um pode entrar armado dentro do metrô. Para mim lá era um local mais seguro. Será que vão ter que colocar detector de metal nas estações para que ninguém entre armado? — questiona ele, que teve a bolsa, óculos, calçados, roupas de grife e cartões de crédito roubados. — Espero o ressarcimento de tudo que perdi. A concessionária tem que se responsabilizar.

Ainda segundo o advogado, na estação de Botafogo, em vez de todos serem encaminhados para a delegacia, as vítimas foram levadas para uma sala na estação. Lá os passageiros se identificaram e relataram os bens que foram roubados.

— Ficamos 30 minutos lá dentro dizendo os nossos nomes e o que tinha sido roubado em vez de vir direto para a delegacia, onde demos essas mesmas informações — afirmou o advogado, que contou ter ficado mais de quatro horas esperando até ser liberado.

O Metrô Rio, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a concessionária está dando suporte às pessoas e irá colaborar com as autoridades fornecendo as imagens de segurança.

Fonte: O Globo

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