Passageiros são vítimas de arrastão dentro de composição da SuperVia

RIO – Passageiros viveram momentos de terror, na noite desta segunda-feira, ao serem vítimas de um arrastão dentro de um trem da SuperVia. O crime aconteceu por volta das 21h, quando os suspeitos Rafael Patrick Ribeiro, de 19 anos, e um adolescente de 16 renderam as cerca de 35 pessoas que estavam no vagão e roubaram celulares, um tablet e carteiras, no trecho entre as estações Engenho de Dentro e São Francisco Xavier.

Um dos homens estava armado e, no trajeto, os passageiros foram obrigados a deitar no chão e deixar seus pertences à mostra, para que os bandidos pudessem pegá-los, segundo testemunhas. Os momentos de tensão terminaram apenas na altura do Maracanã, onde os assaltantes desembarcaram. Eles foram capturados por policiais militares, do lado de fora da estação. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão).

De acordo com testemunhas, a dupla embarcou em Madureira e anunciou o assalto na altura de Engenho de Dentro. No trem, que era do ramal Santa Cruz, os passageiros ficaram rendidos até a estação São Francisco Xavier, onde a dupla ordenou que todos voltassem aos seus lugares. Eles desembarcaram na parada seguinte, Maracanã.

Lá, os seguranças da concessionária foram avisados, e uma patrulha da PM foi acionada, próximo à Uerj. Os policiais militares, então, conseguiram capturar os ladrões dentro de um ônibus, na Rua São Francisco Xavier. Com os assaltantes, segundo os policiais militares, foram apreendidos uma arma de calibre 38, dez celulares, um tablet, uma mochila, além de R$ 483 em espécie. Todo o material foi encaminhado para a delegacia, onde pelo menos sete pessoas registraram a ocorrência.

Segundo as vítimas, a dupla era bastante violenta e ameaçou os passageiros. Uma das vítimas era um gráfico, de 42 anos, que não quis se identificar. Ele chegou a ter a arma apontada para a sua cabeça.

— Eles (os criminosos) anunciaram o assalto com muita violência, dizendo que iriam dar tiro na cabeça dos passageiros. Um deles apontou a arma para a minha cabeça também. A sensação que dá é de impotência. Foi o momento máximo de medo. Disseram para todo mundo deitar no chão, mandando jogar celular, carteira e dinheiro — relata ele, que seguia para o trabalho no Centro e teve o telefone roubado. — O que mais nos surpreendeu foi não ter segurança quando os bandidos desembarcaram para a plataforma. Não tinha ninguém para pedir socorro. Depois de os dois terem fugido, pediram ajuda para os rapazes da segurança e eles avisaram à polícia.

Arma utilizada pelos bandidos durante os assaltos no interior do vagão – Thiago Lontra / Agência O Globo

Também vítima do assalto, uma técnica em enfermagem, de 33 anos, estava a caminho de casa, quando o arrastão aconteceu. Abalada, ela também ressalta a ação violenta vivida no interior da composição.

— Eles repetiam a todo momento que não “tinham nada a perder”. Mas a gente tem: a vida, sonhos, planos, as pessoas que você ama. Isso tudo passa pela sua cabeça e é uma tortura. Tem que ter segurança, porque você pega o trem para chegar até um determinado local e, de repente, encontra essas pessoas frias, capazes de atirar e de matar — afirma.

Até o início desta madrugada, vítimas ainda estavam na delegacia para o registro da ocorrência. Segundo policiais militares, nenhum dos dois assaltantes tinha passagem pela polícia. Testemunhas afirmaram, ainda, que mais pessoas tiveram pertences roubados, mas não foram prestar queixa.

Em nota, a Supervia ressaltou que a “segurança pública no sistema ferroviário fluminense é atividade típica e exclusiva do Estado, que atua nas estações e trens por meio do GPFer. Esta é uma das determinações do contrato de concessão”. Ainda de acordo com o comunicado, “a Secretaria Estadual de Segurança Pública tem auxiliado no reforço das rondas ao longo do sistema e a concessionária ampliou essa atuação com o suporte de policiais militares contratados dentro do Programa Estadual de Integração de Segurança (PROEIS).”

DOIS ARRASTÕES NO METRÔ EM DUAS SEMANAS

Em menos de duas semanas, passageiros do metrô também foram vítimas de dois arrastões. No primeiro caso, ocorrido no último dia 12, pelo menos 16 pessoas tiveram seus pertences roubados, no trecho entre as estações Largo do Machado e Flamengo.

No dia 25, outro arrastão aconteceu no interior do vagão de uma composição do metrô. Segundo testemunhas, pelo menos 12 pessoas foram abordadas e tiveram seus pertences roubados, entre as estações Glória e Catete.

Nesta segunda-feira, policiais da 10ª DP (Botafogo), onde ambos os casos foram registrados, identificaram um dos cinco suspeitos de fazer um arrastão dentro de um vagão do metrô na quarta-feira. Depois de realizar diligências, ouvir depoimentos e analisar imagens, os agentes chegaram ao nome de Max Walla Medeiros da Hora, que foi reconhecido pelas vítimas. A delegacia já pediu a prisão temporária do suspeito, que foi concedida pela Justiça, segundo a Polícia Civil. Os policiais iniciaram buscas ao criminoso e também aos outros envolvidos.

Fonte: O Globo

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