No Rio, paralisação de motoristas e cobradores de ônibus entra no 2º dia e e agora chega à Baixada Fluminense

greve

A greve de 48 horas dos rodoviários do Rio de Janeiro, iniciada na madrugada de ontem (13), entrou em seu segundo dia nesta quarta-feira (14). À imprensa, o comando de greve da categoria informou não ser possível cumprir a ordem judicial que determinava que 70% dos motoristas e cobradores voltassem às suas funções. Imagens da rede de TV GloboNews mostram que muitas pessoas aguardam nos pontos e que há poucos carros circulando neste início de manhã. Ainda de acordo com a emissora, motoristas da Baixada Fluminense aderiram ao movimento.

A fim de minimizar o impacto, a Prefeitura do Rio informou que a Secretaria Municipal de Transportes vai manter em operação o plano de contingência elaborado nesta semana. Com isso, os veículos particulares continuam autorizados a circular na faixa seletiva da avenida Brasil e nos corredores do BRS (faixas exclusivas para ônibus e táxis).

Já a Polícia Militar vai reforçar a segurança nas áreas onde estão situadas as garagens das empresas de ônibus, para evitar que sejam realizados piquetes. Guardas municipais e funcionários da Seop (Secretaria Especial de Ordem Pública) também estarão de prontidão.

As concessionárias que administram os sistemas de trens (Supervia), metrô (MetrôRio) e barcas (Barcas SA) vão antecipar o horário de pico. No caso do transporte ferroviário, a antecipação será de 90 minutos, isto é, a partir das 4h30 desta quarta –os trens começam a circular às 4h.

O metrô, por sua vez, vai antecipar em 60 minutos; enquanto as barcas, em 30 minutos. Os três meios de transporte operam com capacidade máxima durante os horários de pico –o planejamento também será executado na volta para casa.

O Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas que operam linhas de ônibus na capital fluminense, informou que pelo menos 158 coletivos foram depredados nesta terça, supostamente por grevistas. A PM deteve pelo menos dez pessoas.

“As principais avarias são quebra de parabrisas, janelas, retrovisores e furto de chaves”, informou o sindicato, em nota.

Liminar do TRT não será cumprida

De acordo com Hélio Teodoro, um dos líderes do movimento, não houve tempo hábil nem organização suficiente para antecipar a assembleia marcada para quinta (15). Dessa forma, o rodoviário afirmou que os adeptos à paralisação não acatariam a liminar que estabeleceu que 70% dos grevistas deveriam retornar ao trabalho hoje (14).

Maura Gonçalves, que também faz parte do comando de greve, afirmou “não ter controle” sobre a maioria dos trabalhadores. “A categoria está muito revoltada”, comentou ela.

Na terça, o TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho do Rio) deferiu liminar determinando “a manutenção em serviço de pelo menos 70% do efetivo total de motoristas e cobradores de ônibus do Rio de Janeiro durante a paralisação da categoria”. Cerca de 1,9 milhões de pessoas utilizam ônibus no Rio por dia.

Segundo a Justiça, em caso de descumprimento, a pena diária é de R$ 50 mil contra o Sintraturb (Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros). A decisão da desembargadora Maria das Graças Cabral Viegas Paranhos levou em conta o fato de o transporte rodoviário de passageiros ser atividade essencial e de que o sindicato é o legítimo representante da categoria.

Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato da categoria e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica –de R$ 150 para R$ 400. A convocação é feita por um grupo dissidente, que não se sentiria representado pelo Sintraturb.

Um motorista da Viação Jabour que chegou a tentar circular com um ônibus foi atacado a pedras por dois homens em uma motocicleta no Largo do Correia, em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele precisou voltar para a garagem, que fica em Campo Grande, onde falou com a reportagem do UOL. “Eu só quero trabalhar. Isso é uma covardia danada, porque são meus próprios colegas de trabalho que estão tacando as pedras. Só não consegui identificar, porque estão de capacete, mas estão uniformizados”, disse o motorista, que pediu para não ser identificado. “Essa covardia tem que acabar, porque eu não sou obrigado a fazer greve.”

Funcionários de Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo, Japeri e Queimados, vão fazer uma paralisação a partir de meia noite desta quarta-feira.

 Cerca de 3,8 mil ônibus circulam diariamente nas cidades e a paralisação terá pelo menos 24 horas de duração. No entanto, poderá ser estendida até quinta-feira. A prefeitura de Nova Iguaçu informou que vai reforçar o efetivo de agentes da Secretaria de Transportes para coibir transportes irregulares de táxis, kombis e vans

Fonte: UOL e CBN

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