Militares sofrem em média dois ataques por dia na Maré

favelamareRIO — Em dez dias de ocupação do Complexo da Maré, as Forças Armadas informaram que sofreram, em média, dois ataques por dia de traficantes. Exército e Marinha, com apoio da Aeronáutica, estão na região desde o dia 5. O patrulhamento é feito em 15 comunidades espalhadas numa área de cerca de dez quilômetros quadrados e com cerca de 130 mil moradores. A Força de Pacificação trata os casos como ação hostil: foram registrados 20 casos de emboscadas contra as tropas, com troca de tiros e pedradas.

Um novo caso aconteceu na manhã desta segunda-feira: traficantes armados com pistolas fizeram disparos contra um grupo de militares que patrulhava o Conjunto Esperança. O comboio formado por blindados foi atacado por volta das 10h40m. Houve reação e rápida troca de tiros. Um homem que participou do ataque chegou a ser perseguido pela patrulha, mas conseguiu fugir. A assessoria da Força de Pacificação não confirmou mortos ou feridos no tiroteio.

No sábado, Jeferson Rodrigues da Silva, de 18 anos, foi morto durante um suposto confronto com militares na Favela Vila do João, no Complexo da Maré. A Polícia Civil apreendeu as armas de dois fuzileiros navais que admitiram ter feito disparos na ocasião. Os fuzis poderão passar por perícia para que seja feito confronto balístico e, assim, saber se o disparo partiu de armas usadas pelos militares. A vítima, de acordo com informações da 21ª DP (Bonsucesso), não tinha passagens pela polícia.

Segundo a Força de Pacificação, Jeferson teria atirado na direção dos militares. Com o rapaz, foram encontrados um radiocomunicador e três cartuchos de pistola. Já moradores da Maré alegam que Jeferson não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. O corpo do jovem foi enterrado, ontem, no Cemitério do Caju.

Em entrevista o general Roberto Escoto, comandante-geral da Força de Pacificação, revelou que as Forças Armadas lançam nesta semana o “Disque-Pacificação”, novo canal de comunicação para que os moradores façam denúncias. O general disse que serão distribuídos panfletos para os moradores que, de forma anônima, poderão indicar o esconderijo de traficantes e de armas. Escoto também prometeu acabar com o ciclo de violência e terror na região.

Fonte: O Globo

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