Meio Ambiente discute poluição atmosférica nas grandes cidades

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A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados promove audiência pública hoje, às 10 horas, para discutir a poluição atmosférica nas grandes cidades. O evento foi solicitado pelo deputado Adrian (PMDB-RJ).

O parlamentar cita estudo divulgado pela revista Época sobre poluição atmosférica, com conclusões bastante preocupantes. Diz o estudo que, em 2011, 17.443 pessoas morreram no estado de São Pauloem decorrência de doenças influenciadas pela inalação de ar poluído – como as cardiovasculares, pulmonares e o câncer de pulmão.

Esse número é mais que o dobro do de pessoas mortas em acidentes de trânsito (7.867), quase cinco vezes maior do que o de mortes provocadas por câncer de mama (3.620) e quase 6,5 vezes superior ao de mortes em decorrência da aids (2.922).

Mortes
As informações fazem parte da pesquisa “Mobilidade Urbana e Poluição do Ar: A Visão da Saúde”, realizada pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade em parceira com a Câmara Municipal de São Paulo, com levantamento inédito, relacionando índices de poluição das cidades paulistas com registros de mortes.

A pesquisa mostra que, de 2006 a 2011, a inalação da poeira fina presente no ar contribuiu para a morte de 99.084 pessoas. Além dos milhares de mortes, a inalação do ar poluído também trouxe impactos negativos na qualidade de vida da população. O estudo mostra que respirar ar poluído de São Paulo tem tirado cerca de 1,5 anos de vida dos paulistas.

Apesar de o problema estar presente em todo o Estado, as maiores concentrações de poluentes ainda estão nas grandes regiões metropolitanas. Segundo o levantamento, as seis cidades mais poluídas de São Paulo em 2011, em ordem decrescente, foram Cubatão, Osasco, Araçatuba, Paulínia, São Bernardo e Santos. A capital paulista foi classificada em 12º lugar no ranking.

Nesses municípios, os níveis de poeira fina e muito fina estão acima dos considerados seguros para a saúde humana pela OMS (Organização Mundial da Saúde). “Temos suficientes razões para crer que um quadro semelhante se repita em diversas outras regiões metropolitanas do País, motivo pelo qual a situação deve merecer atenção da Câmara dos Deputados e, especialmente, desta Comissão de Desenvolvimento Urbano”, afirma o parlamentar.

Convidados
Foram convidados para discutir o tema com os deputados da comissão:
– a pesquisadora do Instituto Saúde e Sustentabilidade Evangelina Vormittag, responsável pelo estudo “Mobilidade Urbana e Poluição do Ar: A Visão da Saúde”;
– o gerente de Qualidade do Ar, do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf de Noronha;
– a coordenadora-geral de Vigilância em Saúde Ambiental, do Ministério da Saúde, Daniela Buosi;
– um representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
– o presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Alberto Bocuhy; e
– um representante da Secretária Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades.

Fonte: Câmara dos Deputados

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