Major da PM tem grande influência sobre policiais do caso Amarildo, diz promotora do MP

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A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), disse nesta terça-feira (15/10) que o major da PM (Polícia Militar) Edson Santos, ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Favela da Rocinha, ainda exerce forte influência sobre os policiais que estão envolvidos ou podem colaborar com as investigações sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza.

Carmen defendeu a separação dos presos, que estão na Unidade Prisional da PM, para que a coleta de provas seja mais isenta. “A pressão do major Edson é inequívoca. Ele tem um domínio sobre os outros policiais. É preciso que ele seja afastado dos outros. Seria essencial para a coleta de provas ele ser transferido do BEP [Batalhão Especial Prisional, como era chamado]”, declarou.

De acordo com a promotora, mais policiais podem ser indiciados pela morte e tortura do pedreiro, que pode ter ocorrido na sede da UPP. Depoimentos prestados nesta semana contribuíram para a denúncia, que pode ter um aditamento [acréscimo], nos próximos dias. A partir das novas informações, mais dez policiais poderão ser indiciados, alguns deles, segundo ela, por terem participado ativamente do crime.

A promotora ressaltou que os policiais que se omitiram também serão indiciados. Mesmo a conduta dos que colaboraram com as investigações será avaliada, e poderá resultar em acusações pela tortura e morte de Amarildo, pois, segundo ela, policiais que se omitem também devem ser responsabilizados pelos crimes que não impedem.

Um dos policiais que havia deposto mudou a sua versão nesta semana. Ele está sendo protegido pela Justiça, e, segundo a promotora, colaborou por temer pela própria vida. Carmem Eliza informou que ao menos 11 policiais foram obrigados a permanecer na sede da UPP na hora em que o crime ocorria.

Sobre a coleta de material para perícia com o uso de luminol, substância que detecta presença de sangue no ambiente, nos arredores da sede da UPP, a promotora disse que o teste deu positivo, mas não quer dizer que havia sangue na área analisada. De acordo com Carmen Eliza, ferrugem e óleo, que também estavam no local, poderiam levar a um falso positivo. Novas análises serão feitas para esclarecer a natureza da substância encontrada.

Fonte: Última Instância

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