O conturbado cenário político e social no Egito ganhou mais um elemento nesta segunda-feira (19/08). A Justiça do país ordenou a liberação, “em no máximo 48 horas”, do ex-presidente Hosni Mubarak, acusado de corrupção e pela morte de manifestantes durante a “Primavera Árabe” em 2011.
No entanto, a liberdade provisória concedida a Mubarak – que governou o Egito por 30 anos – é relacionada ao julgamento específico do caso de corrupção. Assim, o ex-presidente pode continuar em cárcere, respondendo como réu pelos casos de violência na onda de protestos de 2011.
Segundo informações da Agência Efe, o tribunal ordenou a liberdade provisória de Mubarak assim que expirou o prazo de prisão preventiva para o caso de corrupção – apenas uma das acusações sob o ex-mandatário. De acordo com os jornais El Pais e o The New York Times, autoridades locais já trabalham para que a medida seja revogada e Mubarak continue em cárcere.
A Promotoria da Segurança Suprema do Estado investigou os Mubarak durante seis meses e encontrou provas de que teriam reformado e decorado várias mansões de sua propriedade no Cairo e no Mar Vermelho e no Mediterrâneo entre 2002 e 2011.
Hosni Mubarak deixou a presidência do Egito em fevereiro de 2011 após pronunciamento do então vice-presidente, Omar Suleiman, à TV estatal. O ex-presidente, que estave no poder de 1981 até 2011, renunciou voluntariamente e passou o poder ao Conselho Supremo das Forças Armadas, após 18 dias de manifestações em todo o país, movimento que ficou conhecido como Primavera Árabe.
Fonte: Última Instância