Justiça desiste de dar à avó materna guarda provisória de menino abandonado no Leme

RIO — A decisão sobre quem ficará responsável pelo menino de 6 anos, abandonado pela mãe dentro de um apartamento no Leme e resgatado pelos bombeiros, na madrugada de segunda-feira, continua indefinida. A Justiça revogou, no fim da tarde desta terça-feira, a guarda provisória, por 30 dias, concedida à avó materna do garoto, que foi deixado trancado, sem comida, por dois dias. Antes, o juiz Pedro Henrique Alves, titular da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, havia autorizado a mulher a ficar com o neto, que agora permanecerá num abrigo até nova ordem judicial.

Minutos antes de a avó buscar o menino, nesta terça-feira, no Educandário Romão de Mattos Duarte, em Laranjeiras, chegou à Justiça a denúncia de que ela já teria submetido a criança a maus-tratos.

Na madrugada desta terça-feira, policiais da 12ª DP (Copacabana) prenderam a mãe do menino, retirado do apartamento com o auxílio de uma escada Magirus. Segundo a titular da delegacia, Izabela Santoni, a mulher estava bebendo com dois amigos em um bar na Rua Prado Júnior, em Copacabana. À polícia, ela afirmou que não havia problema em deixar o filho em casa sozinho.

— Ela disse que ele sabia se virar e se alimentar sozinho. Disse ainda que isso era uma rotina e que ele já estava acostumado — contou a delegada, que transferiu a mãe para um presídio feminino, em Bangu.

Segundo o conselheiro tutelar Evânio de Paula, o pai do menino — que vive na Holanda e está no México a trabalho —, contratou um advogado, pelo qual teria declarado que abriu mão da guarda da criança. A informação, no entanto, não foi confirmada pelo juiz:

— Não há nada de concreto sobre isso no processo. Tanto ele como a avó podem obter a guarda definitiva da criança. Determinei que fosse feito um estudo psicossocial de urgência da família para saber quem tem condições de cuidar do menino. A nossa preocupação, como em qualquer caso, é garantir a integridade física, a proteção da criança.

A previsão é que o estudo fique pronto até o dia 7 de julho, quando haverá uma audiência para decidir sobre a guarda definitiva. Mas, segundo o juiz, nada impede uma nova decisão sobre a guarda provisória.

Antes de ir para o educandário, o garoto ficou no Centro de Recuperação de Crianças e Adolescentes Taiguara, da prefeitura. Lá, segundo a diretora da instituição, Rachel Batista, o garoto perguntou pela mãe várias vezes:

— É uma criança extrovertida e muito inteligente. Ele chegou a pedir para jogar xadrez, mas só o educador tinha condições de brincar com ele.

Fonte: O Globo

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