Julgamento do Massacre do Carandiru pode ser encerrado nesta terça

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O primeiro dia do júri popular dos 12 policiais militares acusados de 10 mortes no quarto andar do “Pavilhão 9”, da antiga Casa de Detenção de São Paulo, em 1992, foi célere e a expectativa é que o julgamento seja encerrado ainda nesta terça-feira (18/03).

Primeiro Dia – Após o sorteio dos jurados, três mulheres e quatro homens, foram ouvidas três testemunhas arroladas nos autos – uma de acusação e duas de defesa; outras nove foram dispensadas –, bem como houve o interrogatório de 10 dos 12 réus – dois dos acusados pelos crimes já morreram.

O perito Osvaldo Negrini Neto reiterou que os detentos mortos não tiveram chances na ação policial. O atual desembargador Fernando Torres Garcia, que era juiz corregedor de presídios em 1992 e tentou mediar a rebelião, apontou que houve excesso por parte dos policiais.

A testemunha Maldinei Antônio de Jesus, ex-agente penitenciário, informou em seu depoimento que os presos confeccionavam armas no interior das celas e que brigas e mortes eram comuns no presídio.

Interrogatórios – Os réus afirmaram ao juiz presidente do conselho de sentença que não atuaram no quarto andar do Pavilhão 9, negando a autoria das mortes. Os 10 acusados se negaram a responder as perguntas formuladas pelo Ministério Público.

Após a conclusão dos interrogatórios ontem, o júri será reiniciado, a partir das 10:30 horas, com os debates entre o Ministério Público e a defesa dos policiais acusados. Na sequência, os jurados votarão os quesitos formulados pelo juiz, que será responsável pela redação da sentença.

Júris Divididos – Este é o terceiro julgamento de policiais militares acusados pelas mortes dos detentos da Casa de Detenção, localizada no bairro de Carandiru, em São Paulo, em outubro de 1992.

Nos dois outros júris populares, realizados em abril e agosto de 2013, 51 policiais já foram julgados – 48 condenados. Os júris foram referentes às mortes ocorridas nos primeiro e segundo andares do presídio.

O júri referente aos crimes ocorridos no terceiro andar – oito mortes imputadas a 15 PMs – foi iniciado em fevereiro passado, todavia, não foi concluído em razão do abandono do julgamento pelo advogado Celso Vendramini, responsável pela defesa dos réus. O júri será redesignado.

Fonte: Fato Notório

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