Inflação para a baixa renda dobra em março e chega a 1,64%, informa a FGV

RIO – A inflação para as famílias de baixa renda foi maior que a inflação oficial, medida pelo IBGE. A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta sexta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, ficou em 1,64% em março, o dobro do índice de 0,83% de fevereiro. O aumento da conta de luz está entre os itens que mais pesaram.

A taxa também é superior ao Índice de Preços ao Consumidor-Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e ficou em 1,41%. Já o IPCA ficou em 1,32% em março, maior resultado para o mês desde 1995 — menos de um ano após a implantação do real, em julho de 1994 e quando atingiu 1,55%. Considerando todos os meses, é o maior índice desde fevereiro de 2003, quando chegou a 1,57%. No trimestre, a taxa está em 3,83%, a maior para o período desde 2003, quando foi de 5,13%.

No índice da FGV, os gastos com habitação estão entre as principais pressões, com destaque para o aumento do custo da eletricidade residencial, que teve uma inflação de 21,13% em março. Em fevereiro, a inflação foi 1,08%. Os alimentos também tiveram alta, de 0,74%, em fevereiro, para 1,12% em março.

A inflação dos itens de saúde cresceu de 0,49% para 0,64% e da educação, de 0,33% para 0,52%. Houve queda da taxa dos grupos de despesa transportes (que passou de 2,11% para 0,72%), despesas diversas (de 1,19% para 0,56%), comunicação (de 0,19% para -0,44%) e vestuário (de 0,05% para -0,27%).

Em 12 meses, o IPC-C1 acumula taxa de 8,91%, acima do acumulado pelo IPC-BR (8,59%).

No acumulado em 12 meses, o IPCA já avança 8,13%, bem acima do teto da meta do governo, de 6,5%, e é o maior desde dezembro de 2003 (9,3%). No acumulado em 12 meses até fevereiro, o IPCA registrava alta de 7,7%. Em fevereiro, havia ficado em 1,22%.

No IPCA, a energia elétrica já acumula alta de 60,42% em 12 meses até março devido aos reajustes extras para compensar o custo do uso de usinas térmicas. É um forte avanço na comparação com a taxa registrada no fim de 2014, quando o item encerrou o ano em 17,06%, já influenciado pela crise energética vivida pelo país.

Em março, com aumento médio de 22,08%, a conta de luz mais cara foi responsável por mais da metade do IPCA do mês. O item energia elétrica representou 53,79% do IPCA, com impacto de 0,71 ponto percentual.

No Rio, esse peso da alta da conta de luz foi maior, chegando a 61,3%. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE, o serviço registrou alta de 23,34% no mês passado, contribuindo com 0,87 ponto da inflação carioca de 1,35%, acima da média nacional.

O resultado foi principalmente influenciado pelo reajuste de 34,91% da Ampla, recentemente revisado para baixo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A alta foi autorizada em 15 de março, mas já apareceu no resultado do mês.

Fonte: O Globo

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