O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República informou, por meio de nota, que as operações de contrainteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), realizadas em 2003 e 2004 e citadas em reportagens do jornal “Folha de S.Paulo” desta segunda-feira (4/11) “obedeceram à legislação brasileira de proteção dos interesses nacionais”. Segundo as matérias, a Abin monitorou diplomatas da Rússia, do Iraque e do Irã em três operações e, em outra, investigou a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília com relação ao aluguel de um conjunto de salas, por suspeita de que elas eram usadas como estações de espionagem.
Conforme a nota, o GSI destaca que o vazamento das informações é crime. “Respeitando os preceitos constitucionais de liberdade de imprensa, o GSI ressalta que o vazamento de relatórios classificados como secretos constitui crime e que os responsáveis serão processados na forma da lei.”
O GSI informou ainda que “eventuais infrações são passíveis de sanções administrativas, abertura de processo de investigação e punições na forma da lei”. A Abin, de acordo com o órgão do governo, “desenvolve atividades de inteligência voltadas à defesa do Estado Democrático de Direito, da sociedade e da soberania nacional, em restrita observância aos preceitos constitucionais e aos direitos e às garantias individuais”.
Segundo reportagens publicadas hoje, diplomatas russos envolvidos em negociações de equipamentos militares foram fotografados e seguidos em viagens. Funcionários da Embaixada do Irã também foram vigiados para identificação de seus contatos no país. Além disso, diplomatas iraquianos foram seguidos e tiveram atividades fotografadas na embaixada e em suas residências, conforme relatório da Abin obtido pelo jornal.
Fonte: Última Instância