Funcionários da Eletrobras fazem paralisação de 48 horas

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Funcionários da Eletrobrás paralisaram suas atividades por 48 horas desde as 00h desta quinta-feira (24). A informação foi divulgada pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ) e da Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL), Emanuel Mendes Torres.

Os sindicalistas exigem pagamento de “participação nos lucros” relativos a 2013, ano em que o balanço da Eletrobras registrou prejuízo R$ 6,2 bilhões.

“Não temos previsão de ato. São 48 horas de paralisação, com adesão total do sistema Eletrobras. No dia 30, a gente se reúne em Brasília e vamos traçar os rumos do nosso movimento. Se até lá eles não chamarem a gente para conversar, vamos nos reunir e provavelmente a paralisação será por tempo indeterminado”, explicou Emanuel Torres, que trabalha no órgão há 27 anos.

Ainda de acordo com ele, o movimento pede por novos concursos públicos e por “divisão justa de trabalho”. Torres informou ainda que houve uma perda de cerca de 4 mil trabalhadores em todo o sistema. Até 12h desta quinta, no entanto, não havia informações de quantos funcionários aderiram à paralisação.

“Estamos lutando contra o desmonte da Eletrobras, ela está sofrendo um processo de esvaziamento, perdendo funções. As medidas equivocadas do governo no ano passado na época da renovação das concessões, que criou a medida 759, descapitalizou a Eletrobras. Hoje, não tem dinheiro nem para investimento e não há nenhuma perspectiva de concursos. Queremos concurso público. Hoje, onde trabalhavam dez, só tem dois, mas o número de trabalho não diminuiu”, completou Emanuel.

Prejuízo
A Eletrobras registrou prejuízo líquido de R$ 6,2 bilhões em 2013. O valor foi 9,15% menor que o resultado negativo da empresa em 2012, de R$ 6,9 bilhões. De acordo com o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, este resultado foi influenciado por “fatores recorrentes”, ou seja, gastos a mais que a empresa teve no ano passado e não devem ocorrer novamente. Ele citou como exemplo o custo com o programa de incentivo a demissões, que atingiu no ano passado 4,2 mil funcionários e custou à Eletrobras R$ 1,72 bilhão.

O prejuízo também foi influenciado pela renovação antecipada de concessões de geração e transmissão dentro do plano do governo que levou, em 2013, a um corte médio de 20% na tarifa de luz. Ao aceitar as renovações, dentro das condições propostas pelo Planalto, a Eletrobras deixou de receber, no ano passado, R$ 8,75 bilhões pela operação de usinas e linhas de transmissão.

Demissão voluntária
O Conselho de Administração da Eletrobras aprovou, também em 2013, plano de demissão voluntária de funcionários das empresas da estatal, em meio aos planos de corte de custos após o processo de renovação antecipada de concessões do setor elétrico.

Os funcionários puderam aderir ao plano entre os dias 10 de junho a 10 de julho o ano passado, segundo a decisão tomada em reunião do conselho.

Em abril de 2013, o diretor de Administração da Eletrobras, Miguel Colasuonno, afirmou que a Eletrobras previa gastos de R$ 2 bilhões nos próximos três anos com o plano de demissão voluntária.

Lucro em 2014
Carvalho Neto afirmou que a estatal deve registrar lucro em 2014. Se ele se confirmar, seria o primeiro desde 2011. “Esse ano a Eletrobras espera ter lucro. Todos os nossos estudos indicam nesse sentido”, disse.

Para 2014, informou ele, o orçamento da estatal para investimentos é de R$ 14,1 bilhões que, se confirmado, será o maior da história. Já entre 2014 e 2018, plano diretor de negócios e gestão da empresa prevê R$ 61 bilhões em investimentos.

O presidente da Eletrobras disse ainda que, neste ano, a empresa deve agregar novos 2.205 megawatts (MW) de geração de energia, além de 4.266 quilômetros de linhas de transmissão.

Fonte: G1

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