Eduardo Cunha é alvo de operação de busca da Polícia Federal na Câmara

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a apreensão de registros do sistema de informática da Câmara dos Deputados. O alvo da operação foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado no STF por suspeita de envolvimento com corrupção na Petrobras. A ação foi feita com discrição, na manhã desta terça-feira, numa diligência que tramita em sigilo no Supremo.

O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo, concordou com o pedido de diligência feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com objetivo de reunir novos indícios contra Cunha. Entre as acusações que pesam contra o presidente da Câmara, está a apresentação de requerimentos de informação em 2011 para, supostamente, pressionar empresas que não estavam mais pagando propina. O envolvimento de Cunha, por meio desses requerimentos, foi narrado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef.

Fontes com acesso às investigações ouvidas avaliam que a operação foi “proveitosa”, com material importante recolhido na Câmara. Os policiais federais foram acompanhados por integrantes da Polícia Legislativa, praxe nesses casos.

A operação foi feita em sigilo e sem alarde e não mereceu qualquer menção por parte de Cunha na Câmara, ao longo de todo o dia. Na diligência, foram copiados todos os registros do sistema de informática da Câmara que armazenam informações sobre autoria de projetos e requerimentos.

Nesses registros, há a confirmação de que teriam passado pelo gabinete de Cunha os dois requerimentos usados para pressionar Toyo e Mitsui, empresas com contratos com a Petrobras. Cunha é investigado no STF por suspeita de envolvimento no esquema de propina apurado na Lava-Jato. O inquérito envolvendo Cunha apura os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

JANOT RECUSA ARQUIVAMENTO

Em parecer enviado ao STF, Janot recusou pedido de arquivamento do inquérito que apura o envolvimento de Cunha no esquema alvo da LavaJato. Janot sustentou que são despropositados os argumentos da defesa de Cunha no episódio dos requerimentos sobre as empresas Mitsui e Toyo.

Procurado, Cunha disse por mensagem que não poderia comentar porque não tomou conhecimento da diligência. E recomendou que fosse procurado seu advogado, o ex-procurador Antonio Fernando de Souza. O advogado confirmou a ação, mas minimizou sua importância.

— Isso não tem a menor relevância no contexto do inquérito e não altera nenhum quadro. Eles queriam as informações de informática e foram dadas. Houve uma precipitação do Ministério Público porque, se eles tivessem pedido, seria entregue porque não há nada a esconder — alegou Souza.

Fonte: O Globo

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