Congresso poderia fiscalizar a CBF, diz ministro do Esporte

Durante audiência pública da Comissão de Turismo e Desporto, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, afirmou que o governo federal não tem qualquer poder de interferência na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e que quem poderia agir nessa situação seria o Congresso.

“Não estou propondo que o Congresso promova intervenção. O que estou falando é que o Congresso pode fiscalizar, pode investigar, o que não é da alçada do Poder Executivo”, disse Rebelo. Ele também justificou que a Lei Pelé (9615/98), regulamenta nesta terça-feira (9/4), tirou a “toda a capacidade” de interferência do Executivo. “Toda a capacidade de interferência do governo foi retirada.”

O deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA) cobrou do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, uma atitude com relação à crise desencadeada dentro da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com as denúncias contra seu presidente, José Maria Marin. Um abaixo assinado já foi entregue à CBF pedindo a saída do dirigente. Segundo Rebelo, o ministério do esportes não poderiam fazer nada em relação a esta situação.

Na opinião do ministro, o governo não deve ter o poder de indicar presidente de entidade de esporte, de federação, de confederação, mas o governo deve ter maior poder para preservar o interesse nacional e o interesse público no esporte. “O esporte é prática de interesse público e de interesse nacional e o governo responde inclusive por grande parte do financiamento dessa atividade.”

Mobilidade urbana 

Com relação às obras de mobilidade urbana e outras realizadas nas cidades-sede, o ministro disse que elas já estavam previstas no Programa de Aceleração do Crescimento e foram apenas antecipadas para coincidir com os eventos. Aldo reconheceu que há dificuldades na estrutura dos portos e aeroportos, mas garantiu que as obras estarão prontas até 2014.

Ele também rejeitou a ideia de que alguns estádios ficarão ociosos após a Copa do Mundo de Futebol. “Eu não compartilho da ideia de que parte dos estádios vão se tornar elefantes brancos. Manaus e Cuiabá são olhados com maior desconfiança, mas não justifica fazer uma Copa do Mundo deixando de fora uma área como a Amazônia, que representa 60% do território nacional.”

Aumento dos gastos

Para o presidente da comissão, deputado Romário (PSB-RJ), é inexplicável que os gastos com arenas previstos inicialmente em R$ 2,2 bilhões estejam hoje em R$ 5,7 bilhões e que 90% de tudo que foi investido tenha vindo dos cofres públicos, exatamente o oposto do que estava previsto.

O parlamentar classifica essa falta de planejamento de desrespeito com o dinheiro público e acusa os responsáveis de se beneficiarem. “É uma tristeza saber que governadores, empreiteiros, prefeitos, dirigentes de confederações estejam se aproveitando desse momento de festa no nosso País e se enriquecendo ilicitamente.”

Aldo Rebelo explicou que não tem ainda a avaliação completa dos valores das obras nos estádios, mas fez questão de afirmar que o governo federal fez empréstimos normais às empresas responsáveis por essas obras.

Bolsa pódio

Aldo Rebelo anunciou, durante o evento nesta terça-feira (9/4), que deve ser lançado nos próximos dias o edital para a escolha dos atletas que vão receber a bolsa pódio. O subsídio será dirigido a atletas que tenham colocação em competições internacionais e tenham condições de ganhar medalhas em 2016. A bolsa também deverá pagar o suporte de técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas etc.

Lucros da Fifa

O ministro do Esporte também afirmou na audiência que apoia a proposta da comissão de que a Fifa deixe no Brasil, para investimento em esportes, parte do lucro avaliado em R$ 3 bilhões que a federação deve obter com a Copa do Mundo de 2014.

A proposta apresentada pelo deputado Afonso Hamm (PP-RS) foi adotada pelo presidente da comissão, deputado Romário.

Fonte: Última Instância

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