
Dilma aceitou pedido e agradeceu a colaboração, empenho e dedicação do ex-ministro Foto: Agência Brasil
Na data de ontem (4), a presidente Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão apresentado pelo ministro Carlos Lupi, em caráter irrevogável, que foi divulgado no site do Ministério do Trabalho, no início da noite. De acordo com a Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto a partir de hoje (5), assumirá o cargo em caráter interino, o secretário executivo da pasta, Paulo Roberto dos Santos Pinto.
Segundo nota publicada pelo Planalto, a presidente, que estava em viagem à Venezuela, onde participou da Cúpula dos Países Latino-Americanos e do Caribe (Celac), “agradeceu a colaboração, o empenho e a dedicação do ministro Lupi ao longo de seu governo e tem certeza que ele continuará dando sua contribuição ao país”.
Demissão – O ministro Carlos Lupi, afirmou em nota publicada no site do Ministério, que sua saída se devia à “perseguição política e pessoal da mídia”.
Pontuou o ministro inicialmente que: “tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa – decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável”.
Ao finalizar a nota, Lupi concluiu: “saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence”.
Denúncias – Diversas denúncias sobre irregularidades em convênios envolvendo organizações não governamentais (ONGs) e o Ministério do Trabalho foram publicadas na imprensa, tendo o ministro negado qualquer envolvimento, bem como, o uso de avião particular em viagens pelo interior do Maranhão, acompanhado de Adair Meira, diretor de ONGs que têm contratos com a pasta.
De acordo com a denúncia, o avião teria sido alugado pelo diretor da ONG, sendo que após alguns meses, o mesmo teria ganhado um contrato para atender a projetos do ministério.
Mesmo negando ter viajado, o ministro foi flagrado através de fotos descendo do referido avião em companhia do diretor, tendo este posteriormente assumido a viagem, porém, não a culpa.
Fonte: Fato Notório