Após bater R$ 2,90, dólar fecha estável cotado a R$ 2,879; Bolsa sobe apenas 0,08%

SÃO PAULO e RIO — Após bater o maior patamar desde setembro de 2004 (R$ 2,90) durante o dia, o dólar comercial perdeu força e fechou o dia estável, cotado a R$ 2,879. As preocupações com a Grécia e o rebaixamento da nota de crédito da Rússia foram os principais fatores para a volatilidade no mercado de câmbio. Também encerrou perto da estabilidade a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), com o índice de referência Ibovespa fechando em alta de 0,08%, aos 51.280 pontos.

Apesar da estabilidade do dólar comercial, nas casas de câmbio é preciso desembolsar mais que R$ 3 para comprar um dólar. Na Cotação, que possui unidades em diversas regiões do país, o valor da divisa está em R$ 3,04 no papel moeda e R$ 3,01 no cartão viagem. A média das cotações do turismo, segundo a base de dados da CMA, está em R$ 3,090, alta de 1,31%.

Na avaliação de Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, o recuo na divisa está atrelado a liquidações de operações e a uma avaliação positiva sobre o discurso do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que voltou a reforçar a necessidade de se fazer o ajuste fiscal.

— A moeda americana segue ganhando força no exterior nessa segunda-feira, mas o real se descolou desse movimento. As declarações de Levy sobre a necessidade do ajuste ajudaram na mudança. De qualquer forma, estamos mais próximos de um dólar a R$ 3 do que abaixo de R$ 2,70 — avaliou.

Pela manhã, as declarações de Levy sobre a condução da política econômica, chegaram a causar reação no mercado de câmbio, com o dólar comercial chegando aos R$ 2,90. No entanto, esse estresse durou foi se dissipando ao longo da palestra, já que o discurso foi em linha com as expectativas dos agentes do mercado financeiro..

Segundo Jefferson Luiz Rugik, da Correparti Corretora de Câmbio, uma entrada de recursos no país, proveniente de exportadores, também contribuiu para mudança de tendênica no meio do pregão.

Luciano Rostagno, estrategista do Mizuho Bank, lembrou a inda que Grécia e Rússia continuam no radar. Além disso, as commodities estão em queda, o que faz com que as moedas de países exportadores de matérias-primas, como o Brasil, percam valor. Na sexta-feira à noite, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota da Rússia. Já a Grécia conseguiu prorrogar por mais quatro meses o programa de ajuda ao país, mas ainda há dúvidas sobre a possibilidade de saída do país da zona do euro.

— Essa alta é mais decorrente de fatores externos. Outras moedas de países da América Latina, como o peso colombiano, também estão perdendo valor — disse.

PETRÓLEO FAZ AÇÃO DA PETROBRAS CAIR

Do lado interno, a situação econômica do Brasil também não ajuda. O novo relatório Focus, em que o Banco Central compila as projeções de crescimento, aponta para uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) de 0,50% em 2015.

Entre as ações, a maior força negativa veio da Vale, cujas ações caíram 4,42% (ON) e 3,60% (PN). A Petrobras também fechou em queda, com as preferenciais caindo 1,86%, a R$ 9,49, e as ordinárias (com direito a voto) recuando 1,68%, a R$ 9,38. Esse recuo está atrelado à queda do preço do petróleo no mercado externo. O barril do tipo Brent tem desvalorização de 1,89%, a US$ 59,08.

Já o destaque de alta é a Souza Cruz. Sua controladora, a British American Tobacco Internacional (BAT) informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a intenção de fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) para os 24,7% de ações que estão em circulação no mercado. Os papéis da fabricante de cigarro subiram 7,74%, a R$ 25,48.

Também operam com forte alta as ações do setor de educação. O Ministério da Educação explicou que o novo método de repasses dos recursos do financiamento estudantil (Fies), em que os pagamentos serão feitos a cada 45 dias, irá vigorar apenas em 2015, conforme pedido das empresas do setor. Essa notícia faz com que as ações da Kroton fecharem em alta de 5,86% e as da Estácio subindo 5,89%.

No exterior, as Bolsas europeias operaram em direções distintas. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,73% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 0,65%. Já o FTSE 100, de Londres, caiu 0,04%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones cai 0,23% e o S&P 500 tem leve queda de 0,18%.

Fonte: O Globo

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