Clóvis Perrut Mantilla foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio culposo, após esquecer sua filha de 10 meses, dentro do carro, com os vidros fechados, por quatro horas.
A Primeira Vara Criminal de Volta Redonda (RJ) acolheu o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e arquivou o inquérito. Segundo o MP, o arquivamento foi baseado na falta de interesse de agir do Parquet. Para o órgão, ele mereceria ao final do processo ser beneficiado com o perdão judicial.
Segundo a assessoria de imprensa do MP/RJ, Clóvis não costumava levar a menina para as creches. A criança ficava em uma unidade pela manhã e seguia para outra creche à tarde. Ainda segundo o requerimento, quem levava e buscava Manuella eram dois funcionários da família, mas ambos estavam ocupados naquele dia e a responsabilidade ficou com o pai.
O promotor de justiça, Bruno de Faria Bezerra, afirmou que palavras não são suficientes para expressar a dor sentida pelo indiciado e por sua família diante de tão trágico episódio.
“Posso afirmar de forma peremptória que a vida do indiciado nunca mais será a mesma, pois carregará o fardo da morte de sua filha, de 10 meses, até a sua própria morte e podemos afirmar que o indiciado, por ter outro filho para criar, poderá até voltar a sorrir, mas a tristeza sempre o irá acompanhar. Afirmamos por fim que esta é a sentença do indiciado, viver triste até a sua morte e com o fardo de ter causado a morte de sua Manuzinha, de seu anjinho, como afirmado pelo próprio indiciado”, afirmou o promotor.
Fonte: Fato Notório